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Base do Palmeiras ganha títulos em 2017, mas luta por espaço no time de cima
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03/12/2017 | 06:00
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Após dois anos de conquistas com o time principal, os palmeirenses celebraram apenas os troféus dos meninos em 2017. A equipe conquistou três títulos: dois no Campeonato Paulista (sub-11 e sub-15) e um na Copa do Brasil (sub-17). Além disso, 18 palmeirenses foram chamados para as equipes de base da seleção brasileira. Um recorde. Até o técnico do sub-15, Paulo Victor, é da seleção. O Palmeiras está se tornando um formador de atletas, algo novo no clube.

O time não ganhou tudo. Na Copa do Brasil Sub-20, o time parou nas quartas de final; no Brasileiro Sub-20, ficou na primeira fase, o sub-17 perdeu a final para a Ponte Preta. Mas o time atingiu a meta interna de cinco finais. "O Palmeiras está colhendo os frutos de uma profissionalização dos últimos anos. Os resultados estão aparecendo em todos os setores, e um deles é a base", disse João Paulo Sampaio, coordenador das categorias de base.

Ao longo de 10 dias, o jornal O Estado de S.Paulo acompanhou a preparação dos garotos para entender as razões de tantas finais. Excepcionalmente, a preparação foi feita na Academia de Futebol, em São Paulo, onde treinam os profissionais. O quartel-general da base, localizado no Parque Ecológico do Tietê, em Guarulhos (SP), foi fechado pela secretaria de Estado da Saúde por prevenção contra febre amarela.

O clube definiu um modelo novo para a base. Primeiro, aumentou o número de captadores, os antigos olheiros, responsáveis por garimpar talentos na base do olho e da experiência. Dois viraram cinco. A Copa Palmeiras é um torneio promovido pelo clube em várias partes do Brasil para colher mais joias. Em 2017, foram duas em São Paulo e mais quatro em outras regiões. As famosas peneiras continuam em dois locais da cidade. Foram criadas categorias de iniciação, de números pares, como o sub-14 e o sub-16. Assim, quando o menino vai disputar um torneio sub-15 ou sub-17, ele já está mais preparado, pois começou a treinar antes.

O Palmeiras criou o Manual da Base, que mostra o que o clube espera dos jogadores em formação. Esse documento, feito a partir de quatro reuniões que duraram 30 horas, levanta o perfil de jogador que agrada ao clube. Um desses traços é a ofensividade. Das equipes que chegaram à final, três ultrapassaram a marca de 100 gols (sub-15, sub-11 e sub-17). Para facilitar a chamada transição, o sub-20 treina diariamente com os profissionais; o sub-17, uma vez por semana, e o sub-15, uma vez por mês.

OBJETIVOS - O clube pretende formar jogadores para o time principal, fazer negócios e fortalecer a marca. No primeiro item, ainda tem um longo caminho a percorrer. No Campeonato Brasileiro desta temporada, somente os atacantes Fernando e Matheus Iacovelli e o volante Gabriel Furtado tiveram chance de atuar. Foram apenas 116 minutos. É pouco.

O cenário não deve mudar em 2018. Com um patrocinador forte e voracidade nas contratações, o time deve continuar apostando em cobras criadas. Vide Diogo Barbosa e Lucas Lima, por exemplo. Com isso, os diretores trabalham com cenários alternativos. Um deles é a venda dos atletas. Na última janela de transferências, cinco jogadores saíram.

O caso mais emblemático é o de Vitinho. Uma das grandes apostas dos últimos anos, o meia entrou em campo oito vezes desde o ano passado, quando foi promovido aos profissionais, e se transferiu em julho por empréstimo para o Barcelona B. Ele tem jogado com regularidade. O valor de compra é de 12 milhões de euros (R$ 44 milhões). Mesmo assim, para 2017, o time quer dar mais chance aos novatos. A meta é escalar pelo menos quatro jogadores por 45 minutos em 10 vezes.




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