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Termina rebeliao em presídio de Goiânia
Por Do Diário do Grande ABC
15/10/1999 | 10:29
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Terminou, por volta das 10h20 desta sexta-feira, a rebeliao, que durou cerca de 20 horas, na Casa de Prisao Provisória (CPP) da regiao de Aparecida de Goiânia. De acordo com o secretário de Segurança Pública de Goiás, Demóstenes Xavier Torres, algumas das reivindicaçoes dos detentos serao atendidas, como a superlotaçao e investigaçao das denúncias de maus tratos.

Os detentos libertaram as quatro pessoas mantidas como reféns - duas professoras e dois agentes carcereiros - e entregaram as armas - facas e chuchos (espécie de punhal fabricado na cadeia).

Entre os compromissos assumidos pelo secretário de Segurança Pública, está a transferência de alguns presos para um novo pavilhao que será aberto dentro do próprio CPP e a aceleraçao do processo jurídico no cumprimento de penas irregulares.

Motim - Mais de 200 presos deram início a uma rebeliao na ala 1 da CPP, pouco antes das 14 horas de quinta-feira (14), quando nove presos, armados de facas e chuchos, anunciaram o motim, rendendo duas professoras e dois carcereiros que trabalham no local. Os quatro funcionários foram mantidos como reféns por um grupo de nove presos.

Durante a rebeliao, um detento foi ferido no rosto e jogado pelos amotinados do outro lado do muro do presídio. Apesar da queda, o preso - nao identificado - sofreu apenas escoriaçoes no rosto.

Na madrugada desta sexta-feira, por volta das 5h30, a Tropa de Choque invadiu a Casa de Prisao Provisória, utilizando bombas de efeito moral, e capturou 17 detentos que estavam no telhado. Um dos presos sofreu um ferimento na cabeça ao cair do local, mas passa bem.

Dezenas de policiais militares e civis foram mobilizados. A porta da cadeia ficou lotada por familiares desesperados à procura de notícias.

Exigências - Entre as exigências estava a transferência de celas superlotadas, revisao de processos e novas regras para visitas de familiares vindos do interior.




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