O Ministério Público de São Paulo encerrou as investigações sobre a parceria entre Corinthians e MSI (Media Sports Investiment) e deve apresentar até o final da semana o relatório completo sobre as suspeitas de lavagem de dinheiro e crime organizado. Desde janeiro, o Gaeco (órgão do MP especializado em casos relacionados ao crime organizado) acompanha a movimentação financeira do fundo de investimentos administrado pelo iraniano Kia Joorabchian.

Os promotores José Reinaldo Guimarães Carneiro e Roberto Porto, responsáveis pela investigação, ouviram dezenas de depoimentos, entre eles o de Kia e do presidente do Corinthians, Alberto Dualib. Apesar de o iraniano negar-se a informar o nome dos investidores da MSI, o Gaeco descobriu duas offshores que estão por trás da empresa: Devetia e GGAW Limited.

Kia chegou a viajar para a Inglaterra, onde tentou, sem sucesso, convencer os investidores que revelassem suas identidades. A principal suspeita do Gaeco era de que os magnatas russos Boris Berezovski, Badri Patarkatshvili e Romam Abramovich estivessem investindo no Corinthians. Kia negou.

O iraniano, inclusive, chegou a ter sua legalidade no país questionada pelo Polícia Federal. Depois de prestar depoimentos no órgão e apresentar dezenas de documentos, conseguiu provar que pode trabalhar no Brasil, com o aval do Mistério do Trabalho. Além do MP e da Polícia Federal, o Ministério da Fazenda e o Banco Central investigam a trajetória da MSI no Brasil.