"Estamos negociando dentro da Alca, mas se a Alca não funcionar, se algumas posições muito duras dos EUA não forem revistas, se não forem levados em conta os mecanismos que tornariam viável a Alca, nós modestamente, a partir da Venezuela, começamos a desenhar e discutir outro mecanismo de integração, o que chamamos Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas)", disse Chávez.

Chávez - que defende o ideário do herói libertador Simon Bolivar – esteve em Recife, onde se reuniu na sexta-feira com seu colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. Chávez ratificou seu interesse de que a Venezuela entre no Mercosul e de que a CAN conclua as negociações com o bloco comercial do sul continental.

Ainda assim, Chávez recordou que há quatro anos a Venezuela já se propôs a entrar no Mercosul e "não se avançou nada" por problemas no Mercosul, na CAN e na Venezuela. "Aspiramos a ser um elo entre a CAN e o Mercosul, mas isso não bastaria. A CAN é um mecanismo anacrônico, foi concebida naquelas décadas em que imperava a versão neoliberal da integração", afirmou.

Ele deu um exemplo das metas que poderiam ser perseguidas pela integração. "Vamos inventar uma data, que no ano 2008 não haja nenhuma criança na rua na América do Sul", disse Chávez.

Precisamente as crianças de rua - uma de suas prioridades desde que assumiu o governo há quatro anos e que continuam existindo em seu país - foram suas interlocutoras na noite de sexta-feira em Recife. O presidente venezuelano conversou longamente com crianças de rua.

O retorno de Chávez a Caracas será neste sábado.