Apontado como o principal responsável pela conquista do título – o segundo da história do vôlei brasileiro –, Bernardinho dividiu com os jogadores e com todo o seu staff os méritos pela vitória. "Não ensinei nenhum atleta da seleção a jogar vôlei em 45 dias. Eles já chegam em excelente forma e com muita vontade de vencer", afirmou. "Hoje ninguém é bobo, é preciso tempo e estrutura para trabalhar. No vôlei há uma grande organização por trás. Tudo o que pedimos, recebemos".
O estilo voluntarioso do treinador contagiou os atletas, inclusive os veteranos, como o levantador Maurício, que está na seleção desde 1987, e promete que jogará a Olimpíada de 2004, em Atenas. "Eu quero e vou disputar os Jogos Olímpicos. Confio muito nessa comissão técnica". Giovane, que ao lado do levantador participou da campanha de 1993, quando o Brasil conquistou a Liga Mundial pela primeira vez, fez coro com o companheiro. "Independente da idade, só os melhores estarão na seleção. Quem estiver 'dando' na bola, vai merecer a vaga".
O capitão da seleção, Nalbert, tentou explicar as mudanças na equipe após a chegada da nova comissão técnica. "O time era um quando vencíamos e outro quando perdíamos. Hoje conseguimos manter um padrão de jogo e concentração em qualquer circunstância", disse. "Tecnicamente, o Brasil está muito melhor defensivamente".
Poucos torcedores acordaram de madrugada para ver a chegada da seleção. Mas entre os que foram ao aeroporto de Cumbica, os amigos do líbero Escadinha eram a maioria. Todos moradores do bairro de Pirituba, eles levaram faixas, batuque e gritavam o novo do jogador, que recebeu o prêmio de melhor passe da Liga Mundial.
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