Política Titulo São Bernardo
Marinho se esquiva sobre direção de campanha de Tarcisio

Prefeito de S.Bernardo evita falar do interesse da primeira-dama em gerenciar empreitada do pupilo

Por Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
26/04/2016 | 07:00
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O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), esquivou-se ontem da polêmica que envolve a coordenação da campanha eleitoral de seu indicado ao Paço, Tarcisio Secoli (PT), hoje secretário de Serviços Urbanos e Coordenação Governamental. A primeira-dama Nilza de Oliveira (PT) pretende gerenciar os recursos do projeto político, posto previamente ocupado pelo deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT). Em evento de apresentação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) 2017, no Teatro Cacilda Becker, no Centro, o chefe do Executivo foi sucinto e, irritado, disse apenas que quem deve falar sobre a questão é o próprio pré-candidato petista. “Perguntem para ele”, resumiu.

Luiz Fernando comentou com pessoas próximas desconfiança com o pedido de Nilza, titular da Pasta de Planejamento e Orçamento Participativo na gestão do marido. Há informações de que a situação de saia justa tem feito Marinho repensar na hipótese de encabeçar a empreitada do pupilo, deixando o parlamentar estadual como seu braço-direito no projeto. Tarcisio apresenta dificuldades para subir nas pesquisas de intenções de voto.

Na atividade, o Paço deixou registrada previsão orçamentária no valor de R$ 4,8 bilhões para o próximo exercício. A quantia representa retração se comparada ao Orçamento de 2016, de R$ 5,1 bilhões. Apesar de tratar-se de projetos distintos, a diferença mostra o recuo já estimado pelo Executivo. O plano demonstrou ainda dependência de ações do governo federal e operações de crédito. A gestão aguarda, por exemplo, transferência de R$ 658,4 milhões da União. A perspectiva de operações de crédito gira em torno de R$ 510,1 milhões. A peça detalha poder de investimento próprio da Prefeitura de apenas R$ 157,5 milhões.

“Os municípios têm direito (ao repasse). Ajudamos a formar (os orçamentos federal e estadual). As cidades não pedem favor”, defendeu Marinho. O evento contou com baixa adesão de público, com cerca de 130 pessoas, incluindo alguns comissionados. Somente o vereador Gilberto França (PMDB) compareceu ao ato. A atividade antecipa a entrega da LDO, que deve ser protocolada na Câmara até o fim deste mês. A proposta abre as 20 plenárias do OP (Orçamento Participativo). A primeira será no dia 2 na região da Vila São Pedro.

No planejamento da última peça, Marinho falou que mantém a “consciência tranquila”, embora admita que o Orçamento “reflete o momento econômico”. Para o petista, a cidade “está redonda”. “Fizemos uma transformação. Deixaremos legado. Nós estamos fazendo muito mais do que qualquer um deles. Somando alguns mandatos não dá o nosso”, disse, elencando as administrações de Tito Costa (PMDB, 1977-1982) até o antecessor William Dib (PSDB, 2003-2008). 




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