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Ramalhão leva a melhor no 1º clássico

Em partida tumultuada no Brunão, Santo André
vence o São Caetano por 2 a 1 e joga por empate

Por Márcio Donizete
Especial para o Diário
Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
10/04/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


O primeiro capítulo dos clássicos mais importantes da história entre Santo André e São Caetano foi escrito ontem no Estádio Bruno Daniel com jogo que fez jus ao status de rivalidade. Casa cheia – 4.298 pagantes –, expulsões, torcidas se provocando e arbitragem polêmica ajudam a contar um pouco da partida. Na bola, o Ramalhão se deu melhor e venceu o Azulão por 2 a 1, pelo duelo de ida das quartas de final da Série A-2.

Agora, no sábado, o time do técnico Toninho Cecílio terá a vantagem do empate para carimbar passagem para a semifinal. Para o Azulão, só uma vitória por dois gols de diferença garante a classificação. Caso ganhe por um, o clássico será decidido nos pênaltis, independentemente do placar.

A sorte dos andreenses começou momentos antes de a bola rolar. O atacante Jô, artilheiro são-caetanense com sete gols, foi vetado para o jogo nos vestiários, devido a um incômodo na coxa esquerda que o atrapalha desde quinta-feira. Quem assumiu a camisa 9 foi Naôh, que teria uma ótima chance de mostrar seu futebol, mas estragou tudo ao ser expulso aos 17 minutos em uma confusão com o zagueiro Diogo Borges, que também foi retirado pelo árbitro Luiz Flávio de Oliveira. O clássico, principalmente no primeiro tempo, teve jogadas ríspidas e que deram trabalho à arbitragem. Foram oito cartões amarelos ao todo, além das duas expulsões.

Momentos antes, aos 11, Esley salvou em cima da linha cabeçada sem querer de Bruno Recife, quase abrindo o marcador para o Santo André. Aos 12, Agenor, também de cabeça, obrigou Renan Rocha a intervir com uma grande defesa.

Sem referência no ataque, o São Caetano sofreu ao organizar ataques e facilitava a marcação ramalhina. Com isso, quem foi mais perigoso era o Ramalhão, que acabou premiado pela insistência. Aos 32, Branquinho cobrou falta de forma magistral e fez 1 a 0, encerrando jejum de nove jogos sem balançar as redes. Foi o nono gol dele na competição.

Mesmo pouco efetivo na frente, o Azulão chegou ao empate, em pênalti discutível de Adriano Apodi em Neto, aos 51, um minuto além dos acréscimos dado pelo juiz. O próprio Neto cobrou com força e empatou – 1 a 1. O lance acabou em muita reclamação dos andreenses.

Na etapa final o duelo ficou equilibrado. Neto e Eduardo Luiz, em arremates de longe, tentaram superar Zé Carlos, mas quem chegou à rede foi a equipe da casa. Aos 15, Guilherme Garré, em petardo de fora da área, surpreendeu Renan Rocha e deixou o Santo André de novo na frente. Outro golaço.

Branquinho comemora fim do jejum de gols

Durante a semana, Branquinho havia chamado a responsabilidade para o clássico, disse que o jejum de nove partidas sem balançar a rede o incomodava e prometeu atuação melhor. Foi justamente o que aconteceu. Apesar de caçado em campo – sofreu sete faltas, sendo seis apenas no primeiro tempo –, o meia conduziu o Santo André e abriu o placar com um belo gol em cobrança de falta.

“Vinha trabalhando essa cobrança de falta. Na quinta-feira, treinei bastante essas batidas. A cobrança não é só do Branquinho. O grupo inteiro foi guerreiro, dominamos os 90 minutos, tivemos mais oportunidades que eles. Foi difícil, mas conseguimos”, disse Branquinho.

O meia ressaltou o melhor momento do Ramalhão na competição. “Falei que o pessoal iria começar a conhecer o Santo André de verdade no mata-mata e hoje (ontem) provamos que estamos vivos”, comemorou Branquinho, que sempre pede a presença da torcida e demonstrou felicidade por ver o Bruno Daniel com bom público.

“Esperava que o torcedor viesse, fico feliz. Essa vitória é deles. Vamos precisar do apoio também no segundo jogo, no Anacleto”, comemorou o meia, que espera muita dificuldade para a decisão fora de casa. “Toninho Cecílio (treinador) vai trabalhar durante a semana, tenho certeza que vai montar a equipe da melhor maneira. Não adianta ficar se defendendo porque, se toma o gol, tem que se abrir. Vamos jogar lá como foi aqui. É decisão e estamos concentrados para dar o melhor”, garantiu.




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