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Diniz promete pelo menos mais 12 radares em Mauá
Por Do Diário do Grande ABC
27/02/2005 | 15:01
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Mauá terá pelo menos mais 12 radares eletrônicos de controle de velocidade segundo o prefeito interino, Diniz Lopes (PL). Em 4 de janeiro, Diniz proibiu a instalação de radares móveis na cidade, mantendo apenas os equipamentos fixos já existentes. Agora, vai pedir à Consladel, empresa responsável pela operação dos radares no município, que instale dispositivos fixos de controle de velocidade, principalmente em frente de escolas, unidades de saúde e nas avenidas que apresentam graves problemas de acidentes."Em vez de pagar R$ 31 mil por cada radar móvel, prefiro pagar R$ 13 mil por cada equipamento fixo e com isso aumentar a fiscalização e garantir mais segurança a motoristas e pedestres", afirma o prefeito.

Em 2004, a administração petista de Oswaldo Dias arrecadou R$ 15,6 milhões por meio de multas geradas por quatro radares fixos, seis móveis, uma lombada eletrônica e 24 radares de semáforos. Destes, aproximadamente R$ 5 milhões foram usados para custear o sistema de fiscalização – desde a infração até a emissão das multas. O ex-secretário de Serviços Municipais de Mauá, Renato Moreira, acrescentou que foram gastos outros R$ 4 milhões aproximadamente com intervenções viárias – construção de canteiros e rotatórias, por exemplo – e novos semáforos.

Diniz Lopes diz que o radar móvel só tem a finalidade de multar enquanto o fixo obriga o motorista a reduzir a velocidade. Até janeiro, havia quatro radares móveis em Mauá. "O móvel não educa ninguém," argumenta.

No Grande ABC, só a cidade de Ribeirão Pires possui apenas radares fixos. As demais, com exceção de Rio Grande da Serra, que não tem fiscalização eletrônica, contam com equipamentos móveis. Santo André já anunciou que aumentará o número de radares em semáforos da cidade. A instalação dos novos equipamentos em cruzamentos é motivada pelo aumento dos índices de atropelamentos nesses locais.

Estimativa feita por Diniz quando era vereador, no ano passado, dava conta de que eram aplicadas 4,5 mil multas por mês na cidade, desde a implantação da fiscalização eletrônica no final de 2002.

Segundo o ex-secretário Renato Moreira, as 4,5 mil notificações de infração em 2004 representam queda de 62,5% em relação a 2002, quando os radares foram implantados e somaram 12 mil notificações/mês. Ele defende a política de fiscalização adotada pela gestão petista apresentando números. Segundo ele, os acidentes – colisões e atropelamentos – na cidade caíram de 3.212, em 2001, para 2.717, em 2004, ou seja, 15%. De 2001 para 2003, sempre segundo o ex-secretário, as mortes caíram pela metade, de 43 para 18. "Reduzimos os índices de morte com trabalho de qualidade. Não se faz demagogia com vidas", respondeu Renato Moreira.

Briga judicial – Entre agosto e setembro do ano passado, durante 20 dias os radares móveis foram retirados de Mauá por decisão judicial. Na ocasião, a Justiça – primeira instância – acolheu um pedido que foi feito pelo presidente do PFL, vereador Manoel Lopes, junto com a Aciam (Associação Comercial e Industrial de Mauá) e o PV (Partido Verde). O TJ (Tribunal de Justiça) do Estado derrubou a decisão e manteve os radares, com base em resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito).

Novos pontos – Entre os pontos que receberão radares fixos em Mauá estão a avenida Barão de Mauá, onde localiza-se um posto de saúde, a delegacia de polícia e a escola São João. No bairro Itapark também deverá haver a instalação de um equipamento fixo perto da escola Marta Terezinha (antiga Rosa Beatriz) e do posto de saúde, na avenida Itapark. A avenida Brasil, no Parque das Américas, próximo a escola Ariovaldo Pupo Amorim, também deve receber radar fixo, pois é uma via onde os motoristas conseguem desenvolver alta velocidade. Os quatro dispositivos fixos em funcionamento estão distribuídos nas avenidas João Ramalho, dos Estados e Itapark.

Outras avenidas onde o prefeito interino quer instalar radares são: Alberto Soares Sampaio, no Jardim Santa Cecília, onde há grandes indústrias, Castelo Branco, no Jardim Zaíra, Ayrton Senna, no Jardim Oratório, Capitão João, e Papa João XXII, no Sertãozinho.

O irmão do prefeito interino, o vereador Manoel Lopes (PFL), defende ainda a colocação de equipamentos para flagrar alta velocidade dos veículos na avenida Alfredo de Souza, na Vila Assis, em frente da escola Clodoaldo Portugal Caribê e na Benedito Franco da Veiga, na Vila Lisboa e Feital, em frente à escola Olavo Hasen e das escolas Dom Jorge Marcos de Oliveira e Emei Feital. Outro ponto crítico apontado pelo parlamentar é a avenida José Ricardo Nalli, na altura da escola Antonio Messias Zymanski.

Projeto – A Câmara de Vereadores aprovou na última terça-feira, em segunda votação, o projeto de lei de Diniz Lopes que permite o parcelamento de multas de trânsito em até 12 vezes. Segundo o projeto do Executivo, o valor mínimo de cada parcela não pode ser inferior a 30 FMP (Fator Monetário Padrão), equivalente a R$ 58,92. O acordo para o parcelamento pode ser feito mediante termo de confissão de débito assinado junto à Secretaria de Finanças, que ficará incumbida de controlar o parcelamento. O benefício sobre a dívida é automaticamente cancelado no caso de não-pagamento de duas parcelas. O objetivo da Prefeitura é recuperar pelo menos parte dos R$ 27 milhões referentes às infrações não pagas pelos motoristas.




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