Passar pelo Botafogo de Ribeirão Preto nas quartas de final da Série D do Brasileiro significa jogar a vida do São Caetano na próxima temporada. Isso porque, caso avance às semifinais, o Azulão garante vaga na Série C de 2016 e o calendário durante todo o ano. Se falhar na missão, terá de subir para a elite do Campeonato Paulista e, em 2017, ser um dos dois melhores times da Série A-1 para garantir vaga novamente na Quarta Divisão do Nacional.

E o São Caetano tem exemplos na região de que, uma vez fora das competições nacionais, é difícil retornar. Em 2012, o Santo André, que já frequentava a Série A-2 do Paulista, caiu para a Série D do Brasileiro. No ano seguinte, não fez boa campanha e acabou eliminado. Desde então, o Ramalhão está fora do cenário nacional e ainda pena na Segunda Divisão do Estadual. Já o São Bernardo está na elite, mas nunca conseguiu ser uma das duas melhores equipes fora das Séries A, B e C para obter classificação via Paulistão.

Para o técnico Luís Carlos Martins, o duelo com a Pantera é uma final, mas não coloca responsabilidade sobre os atletas por medo de influenciar o desempenho da equipe. “Quando digo final, penso no acesso. O que manda é chegar (na Série C). Se fala em calendário. Mas se eu falar isso para os jogadores, vou travar a cabeça deles”, ressaltou o Rei do Acesso.

Já o goleiro Saulo crê que o elenco tem de jogar sem pressão para conquistar vaga na Série C de 2016. “Temos que encarar (a situação do calendário) com a maior naturalidade possível”, destacou.

TORCIDA

Ontem, alguns integrantes da torcida Comando Azul foram ao Anacleto durante a atividade. Eles conversaram com Martins e gritaram o nome dos jogadores – o mais festejado foi o atacante Jô, artilheiro da Série D, com 12 gols.

Os outros confrontos das quartas de final são Operário-PR x Remo-PA, Ríver-PI x Lajeadense-RS e Caldense-MG x Ypiranga-RS.