Quem deixou para comprar os ovos de Páscoa na última hora deve encontrar bons preços, mas muito corre-corre nos supermercados da região. Para queimar estoques e acirrar a concorrência, a tendência é que a partir de amanhã, as lojas que ainda tiverem ovos no estoque vendam os produtos com preços mais em conta.

Apesar de alguns supermercados terem feito até seis remarcações desde que as parreiras foram montadas no inicio de fevereiro, as redes varejistas esperam incremento de vendas em torno de 20% apenas neste fim de semana.

Até agora, os supermercados registraram aumento de até 139% na procura pelos ovos quando comparado ao mesmo período do ano passado, o que fez com que muitos item já não sejam encontrados nos estoques.

A Coop é um dos únicos varejistas que promete não modificar os valores dos ovos no fim de semana. "Programamos para manter os mesmos preços até o fim da Páscoa, mas, se houver valor menor na concorrência, baixaremos", avisa a gerente de produtos, Geneci Correa.

Em nota, o Carrefour não confirmou o balanço de vendas, mas afirmou que espera, apenas neste fim de semana, aumentar em 18% a saída de ovos de chocolate.

Com aumento na comercialização de 30% até agora, o Walmart aposta em 70% maior movimento neste fim de semana. A maior procura, segundo a rede, tem sido por ovos infantis, com opção de brinde e também marcas tradicionais. Para melhorar a saída dos produtos, o mercado apostou em promoções relâmpago, que duravam aproximadamente dois dias a preços de 10% a 15% mais baratos, voltando ao preço normal posteriormente.

Com a linha própria muito mais sofisticada neste ano -, com ovos para crianças, sem açúcar, além da linha tradicional - o Grupo Pão de Açúcar está muito mais otimista com relação às vendas de seus itens, que deve aumentar em 30% em relação ao ano passado, do que com as de outras marcas. A expectativa do grupo é melhorar em 15% a saída dos demais produtos.

Apesar do aumento no fluxo de pessoas e da correria, o consumidor não deve encontrar "buracos" nas videiras dos ovos neste ano. Em visita aos mercados, o Diário presenciou de dois a três funcionários fixos nos setores de cada loja fornecendo informações das marca disponíveis e repondo os estoques para evitar que o produto procurado não fosse encontrado pelo cliente.