Chefe do Executivo de São Bernardo, Luiz Marinho (PT) fez mistério sobre o contrato de PPP (Parceria Público-Privada) da Iluminação Pública, ao não revelar informações sobre prazo, valor e serviços que terão de ser executados.

Questionado sobre os detalhes e objetivo em firmar projeto, que vai terceirizar os serviços no município, o prefeito petista foi evasivo. “Os técnicos ainda estão trabalhando e ajustando os números”, declarou ele, adotando como resposta a orientação que está publicada no site oficial da Prefeitura, que todas as informações serão fornecidas à sociedade apenas no dia 23 de fevereiro, quando está marcada audiência pública no Teatro Lauro Gomes, situado no bairro do Rudge Ramos.

“Na audiência será tudo dado em detalhes. Faremos todo o processo de acordo com o que a lei exige”, adicionou Marinho, que falou pela primeira vez sobre o plano na sexta-feira, durante encontro com o recém-empossado Ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), que veio ao município para mapear ações de infraestrutura que estão com fluxo financeiro emperrados.

O desejo do chefe do Executivo são-bernardense é sigiloso também com a base de sustentação na Câmara. Nem os vereadores mais próximos à administração possuem detalhes ou objetivo do prefeito pela efetivação do projeto.

No edital publicado na semana passada, a CGMPP (Comissão Gestora Municipal de Parcerias Público-Privadas), que é presidida pelo secretário de Assuntos Jurídicos, Marcos Moreira, detalha apenas a convocação dos moradores da cidade para audiência pública, cujo o objetivo é ter “com a participação da sociedade civil, visando apresentar as justificativas da outorga da concessão, o objeto projetado, o prazo de duração e valor estimado e receber e processar sugestões, que irão consolidar as decisões sobre os serviços propostos”. Segundo a publicação do edital sobre valores e prazo só serão externados posteriormente.

INSPIRAÇÃO
Na Capital, o prefeito Fernando Haddad (PT) firmou recentemente contrato de PPP da Iluminação Pública, visando terceirizar demandas de serviços. A proposta possui os moldes que teriam inspirado Marinho a implementar a ideia em São Bernardo.

O plano da administração paulistana prevê gastar aproximadamente R$ 7,3 bilhões em contrato que vai durar 24 anos. Entre os itens do documentos destaca-se a manutenção de 580 mil luminárias espalhadas pela cidade e construção de centro de controle operacional. A estimativa do governo Haddad é efetuar assinatura de convênio até março.