A resistência de um material depende de como ele será usado. Uma faca de aço, por exemplo, consegue suportar golpes, mas não aguenta torção. Já o cobre, conseguimos torcer com mais facilidade, mas tem dureza menor que o aço.

Na natureza, a resistência é medida por uma escala chamada Mohs, que define a dureza dos minerais. Neste caso, o mais resistente é o diamante, que é mais duro e capaz de riscar todas as outras rochas. Em seguida vem o corindon (é o caso da safira e do rubi) e, depois, o topázio, que também é usado para fazer joias, e o quartzo, capaz de arranhar o vidro.

Existem outros minerais que não são considerados tão resistentes. Neste grupo, o feldspato é o mais duro e pode ser arranhado por uma liga de aço (que é mais dura que ele), seguido pela apatita, fluorita, calcita, gipsita e talco, que é tão fraquinho que uma unha é capaz de arranhá-lo.

No entanto, existem materiais produzidos pelo homem que têm maior dureza do que muitas rochas, como ligas de aço, carbino e fibra de carbono. Eles são fabricados para cumprir determinadas funções que os minerais encontrados na natureza não conseguiriam suportar, como torções, atrito e compressão.

Carbino e fibra de carbono se destacam
Os cientistas estudam e produzem em laboratórios materiais que podem ser muito resistentes de acordo com a função que irão exercer. O carro de Fórmula 1, por exemplo, é feito com fibra de carbono para resistir ao atrito. Essa substância é um dos materiais sintéticos de maior resistência. 

Existe também o carbino, que consegue ser flexível e extremamente duro. Por isso, é considerado por muitos estudiosos o mais resistente. Em geral, ele é usado na nanotecnologia e na indústria de ponta, como carros e aeronaves. 

Consultoria de Flávio Ribeiro Viana, professor de Física do Cursinho da Poli.