Política Titulo Reunião
Diadema e
Sabesp seguem
longe de acordo

Prefeitura e estatal se reúnem, mas não resolvem impasse sobre dívida de R$ 1 bilhão

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
04/07/2013 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Reunião entre integrantes da administração do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), e diretores da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) não registrou avanço na discussão entre a Prefeitura e o governo do Estado para encontrar soluções para amenizar o impacto de dívida bilionária no município.

Pelo rompimento unilateral do contrato de fornecimento de água e esgoto, em 1994 – para fundação da Saned (Companhia de Saneamento Básico de Diadema) –, diferença no pagamento do metro cúbico de água e honorários advocatícios, o Executivo diademense deve aproximadamente R$ 1 bilhão à Sabesp, que tem garantias jurídicas para executar o passivo.

Na semana passada, a PGE (Procuradoria Geral do Estado) rejeitou projeto de lei em trâmite na Câmara que cria a Caed (Companhia de Água e Esgoto de Diadema), empresa com capital misto entre Prefeitura e governo estadual. Por isso, os secretários Francisco José Rocha (chefia de Gabinete) e Fernando Moreira Machado (Assuntos Jurídicos) e o diretor-presidente da Saned, Elbio Camillo Júnior, foram à sede da Sabesp para discutir forma de suavizar o impacto da cobrança do deficit.

O encontro durou poucos minutos, segundo integrantes da comitiva do Paço. Eles levaram proposta de manter a composição da Caed, independentemente da rejeição da PGE, com a Prefeitura sendo sócia majoritária da nova empresa. A sugestão foi rejeitada pelo Estado, que agendou nova reunião para a próxima semana.

REALI

Ex-prefeito de Diadema e idealizador da Caed, Mário Reali (PT) afirmou ser estranho o parecer negativo da PGE ao projeto porque, no fim de seu mandato, a própria instituição jurídica do Palácio dos Bandeirantes havia dado sinal verde para implementação da empresa de capital misto.

Em novembro, Reali movimentou sua base governista na Casa para votar o texto que garantia a constituição da Caed. Mas, a pedido de Lauro – então prefeito eleito –, o Legislativo segurou a votação.

“Não vi nada de novo no front para uma mudança dessa natureza (por parte do governo do Estado)”, avaliou o petista. Para o ex-chefe do Executivo, as declarações de seu sucessor sugerem que a atual administração tem outros planos para solucionar o impasse. “O prefeito (Lauro) sempre enalteceu a boa relação que tem com o governador (Geraldo Alckmin, PSDB). Nas entrelinhas parece que o governo municipal não quer a Caed.”




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