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Letícia Colin encara novo desafio na TV
Por Alexandre Coelho
Da TV Press
12/09/2005 | 07:43
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No esplendor de seus 15 anos, a andreense Letícia Colin pouco lembra as meninas de sua faixa etária. Segura e articulada, a atriz, que vive a esforçada Marta em Floribella, da Band, tem em comum com sua atual personagem um amadurecimento precoce típico de quem começou a trabalhar e assumir responsabilidades muito cedo. Mas nada disso assusta Letícia. Ao contrário, a atriz admira quem, como sua personagem, vai à luta. "A Marta é uma jovem batalhadora, que cuida da família e começou a trabalhar muito cedo para dar uma força em casa. Ela mete a mão na massa", elogia.

A determinação que é ponto comum entre atriz e personagem, no entanto, tem razões bem distintas. Enquanto Marta foi obrigada a trabalhar em um salão de beleza por necessidade, para ajudar a família, Letícia, por vontade própria, sempre quis enveredar pela carreira artística. E desde os oito anos passou a fazer comerciais até que, dois anos mais tarde, foi aprovada nos testes para viver a Glorinha no seriado Sandy & Júnior. O trabalho acabou representando a primeira grande mudança no caminho do amadurecimento da atriz. "Foi meu primeiro trabalho na TV e eu tive de morar durante um ano e meio em Campinas, onde era filmada a série", conta.

A segunda e mais drástica mudança viria em 2002, quando Letícia, então com 12 anos, foi convidada para interpretar a Kailane, em Malhação. Dessa vez, a atriz deixou Santo André e se mudou para o Rio. O papel é considerado por Letícia como o que mais lhe trouxe experiência e o mais marcante da sua carreira até o momento. A tal ponto que ainda hoje é chamada nas ruas de Kailane. Mais do que o personagem, porém, a própria mudança para o Rio deixou marcas na jovem atriz. "A adaptação foi muito difícil porque eu sou muito ligada ao meu pai e ao meu irmão, que ficaram em Santo André. Eu tinha 12 anos e chorava muito, era muita coisa nova: casa, cidade, colégio", recorda.

Hoje, já plenamente adaptada ao estilo carioca de viver, Letícia Colin fala, se não como uma veterana, ao menos como uma profissional madura e com pleno controle sobre a própria carreira. Tanto que não hesitou ao aceitar o convite para trocar a Globo – onde estava apresentando a TV Globinho – pela Band e integrar o elenco de Floribella. Para ela, o importante é estar fazendo arte, independente do lugar. A atriz vai além e enaltece até mesmo o fato de poder crescer junto com o novo pólo de teledramaturgia que a emissora vem criando. "É um processo maravilhoso, que enriquece você como atriz. A gente aprende a ficar ligada no todo e isso é muito bom. É um projeto bacana", diz.

Crescimento, aliás, é palavra de ordem no atual momento da vida de Letícia. Um outro aspecto dessa evolução se traduz pelo flerte da atriz com temas mais adultos. Freqüentemente associada a tramas e abordagens com temáticas adolescentes, ela vem buscado textos que a façam exercitar um lado adulto e mudem um pouco essa identificação com o público infanto-juvenil. A primeira experiência nesse sentido veio no ano passado, quando Letícia participou de uma montagem teatral de Fascinação, de Nélson Rodrigues. Mais adulto, impossível. "Você pode ser adolescente para falar com adolescentes. Mas para falar para um público adulto é preciso ter algo de adulto. Eu cresci muito, amadureci, é uma peça difícil, um drama", afirma.

Toda essa dedicação profissional é fruto de uma verdadeira devoção que a atriz tem pela atividade artística. Mais do que a oportunidade de atuar e desenvolver sua vocação, Letícia vê com um filtro quase sagrado a possibilidade de passar alguma mensagem ou emoção para outras pessoas. Para ela, atingir tanta gente ao mesmo tempo é algo que deve ser levado muito a sério. "A possibilidade de falar com milhões de pessoas é algo tão grande, tão maravilhoso, que não pode ser de qualquer jeito. O artista tem de fazer o seu melhor, porque ele não faz arte para si, mas para o mundo", filosofa.




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