Memória Titulo
Uma fábrica nos arredores da cidade

Do bairro da Formicida ao São-Caetaninho

Ademir Medici
23/03/2019 | 07:00
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 Em suas lembranças, Euclides Menato citou o armazém e pequena padaria da família, na Rua Capitão José Galo. Defronte ao armazém havia um ponto do trenzinho que ia até o bairro Formicida, o atual São-Caetaninho.

Na Semana Ribeirão Pires 2019, Memória recupera informações sobre uma fábrica que marcou época na cidade, a Fábrica de Formicida Capanema.

Em 1941, quando a revista Ferrovia visitou Ribeirão, a fábrica estava em pleno funcionamento, e a publicação destacou:

A Formicida Capanema foi fundada em 1873 pelo Barão de Pires & Cia.

Suas unidades fabricavam bissulfureto de carbono, em larga escala, para a imunização de cereais e sementes de algodão, expurgo do café, combate às formigas e fins industriais.

A unidade em Ribeirão Pires tinha como químico responsável Altino Ferreira Pires.

A matéria-prima recebida pela indústria e a produção final expedida utilizavam, como via de transporte, um ramal ferroviário que interligava a estação ferroviária e o bairro Formicida, na atual área do bairro São-Caetaninho.

AMANHÃ NA SEMANA RIBEIRÃO PIRES

Paisagens centrais

da cidade em 1941.

O largo da Matriz, a passagem de nível.

A cidade baixa, a cidade alta

 

Diário há 30 anos

Quinta-feira, 23 de março de 1989 – ano 31, edição 7020

Manchete – Fiesp dá prazo ao governo para o descongelamento dos preços

Grande ABC – Prefeituras querem controle dos ônibus, com o gerenciamento das linhas intermunicipais pelos prefeitos.

Cena Política (Joaquim Alessi) – Quércia truca com três ‘zapes’ no jogo da sucessão presidencial.

Milagre – Em Guarulhos, a menina Andreia, de 3 anos, foi tomar banho na casa da vizinha. Ao voltar, uma turbina do Boeing que caiu em Guarulhos destruíra a sua casa.

O cenário é registrado em foto por Vânia Delpoio.

 

No ar, a rede da legalidade

Texto: Milton Parron

 

Em agosto/setembro de 1961, com a renúncia de Jânio, o Brasil viveu uma gigantesca crise institucional, agravada pelo fato de que setores radicais do militarismo tentaram a todo custo impedir a posse do vice-presidente constitucional, João Belchior Marques Goulart.

Para que a crise fosse contornada e para evitar derramamento de sangue – já que muitos anteviam até a possibilidade de uma guerra civil – foi necessária uma grande costura política, muitos acordos e as barganhas espúrias de sempre.

Na época, em matéria de comunicações, o Brasil ainda vivia o tempo das cavernas, especialmente a telefonia, que dependia da atuação de operadoras e as ligações entre cidades relativamente próximas demoravam horas para serem concluídas.

Foi naquele contexto que o rádio prestou um inestimável serviço com a criação de uma denominada “rede da legalidade”, a partir do Rio Grande do Sul, onde o então governador daquele Estado, Leonel Brizola, resolveu apoiar, pela força, se preciso, a posse de seu cunhado João Goulart.

Nos programas Memória deste e do próximo fim de semana, o assunto será abordado com muita profundidade, e da forma mais irrefutável, ou seja, além dos depoimentos posteriores dos personagens envolvidos com aquela crise, serão revividos dezenas de minutos dos momentos mais cruciais daquela famosa cadeia de rádio.

 

Em pauta

Rádio Bandeirantes AM (840) e FM (90,9) – A Rede da Legalidade – primeira parte.

Produção e apresentação: Milton Parron. Hoje, às 23h, com reprise amanhã, às 5h, além da internet, radiobandeirantes.com.br.

 

Interação com o Facebook

‘Duas vezes pobres’

Nas vésperas da Páscoa, os lixeiros – ou garis, como fica melhor dizer – tocam as campainhas das casas.

Da crônica de Lourenço Diaféria publicada pelo Diário em 23 de março de 1989. Confiram a íntegra no Facebook da Memória – acessem o endereço acima.

 

Em 23 de março de...

1919 – Domingo com três jogos de futebol na região. Equipes locais recebem equipes paulistanas: Primavera, de São Bernardo, x São Carlos; Brasil local x Brasil da Capital; Primeiro de Maio x Associação Gráfica.

Tem início o I Campeonato do Interior, com jogos de futebol em Santos, Jundiaí, Sorocaba, Taubaté e Rio Claro.

Internacional

Do noticiário do Correio Paulistano: os iugoslavos se agitam; o Estado polaco vai ter 20 milhões de habitantes.

Do noticiário do Estadão: os iugoslavos resolvem não aceitar as decisões da Conferência da Paz.

1964 – Começam as obras de reforma da Estação Ferroviária de Santo André. A Estrada de Ferro Santos/Jundiaí promete reabrir as cancelas (porteiras).

1979 – Durante concentração na praça cívica do Paço Municipal de São Bernardo, metalúrgicos tentam escrever, com os seus corpos, a palavra ‘democracia’. Não deu tempo. A polícia dispersou o grupo e a imprensa documentou a palavra incompleta ‘democra...’.

1984 – Oposição vence eleições do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo: José Gabriel Romeiro é o novo presidente.

 

III Copa Tulica de futebol sênior

Reapar Parafusos fica com a quarta vaga para as semifinais, ao lado de Icontafisco, Ipanema e São Jorge Humaitá.

Hoje, no Campo Distrital do Nacional: às 8h30, Icontafisco e Reapar Parafusos; às 9h40, Ipanema e São Jorge/Humaitá.

Icontafisco e Ipanema jogam pelo empate. A grande final será sábado que vem, dia 30.

Nota – O repórter Mauricio Silva acompanha este torneio, que reúne grandes craques do passado, bons de bola até hoje.

 

 




Comentários

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