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Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

Sobre a saúde mental
Maria Eduarda Silveira*
08/10/2019 | 07:20
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Na quinta-feira, comemora-se o Dia Mundial da Saúde Mental. Acredito que líderes e gestores poderiam aproveitar a data para relembrar a importância do equilíbrio entre a vida pessoal e profissional dos colaboradores, já que excessivas cargas de trabalho acabam gerando estresse e impactando negativamente na produtividade e no lucro das empresas. Isso sem falar em casos mais graves, como a síndrome de Burnout que, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), é causada pelo estresse crônico que leva à exaustão. Na coluna do dia 24 de setembro, Lucas Nogueira falou sobre cinco boas práticas que podem auxiliar os colaboradores a terem dias menos exaustivos dentro da organização. Hoje, vou abordar cinco pontos importantes relacionados ao presenteísmo, que é a prática de estar de corpo presente em um lugar, porém, por diferentes motivos, a mente estar em outro.

1 – O presenteísmo custa caro para os negócios: ao contrário do absenteísmo, no qual fica clara a ausência do profissional, os sinais do presenteísmo geralmente não são tão aparentes, pois aqueles que sofrem com o problema, em muitos casos, seguem desempenhando seu papel, porém, com capacidade reduzida de desempenho. Segundo estudo da Heads Up, o presenteísmo relacionado à saúde mental custou mais de US$ 6,1 bilhões nos locais de trabalho australianos nos últimos 12 meses;

2 – Fale sobre saúde mental e bem-estar no local de trabalho: para que os colaboradores se sintam seguros e acolhidos, é fundamental que sua empresa tenha políticas claras e disseminadas sobre licenças, além de canais oficiais para o esclarecimento de dúvidas. Dessa forma, desmistifica-se qualquer percepção de que um afastamento por questões justificáveis poderia ser penalizado em algum momento. Quanto mais líderes e gestores falarem sobre saúde mental e bem-estar no local de trabalho, mais seguros os funcionários se sentirão para expor suas questões pessoais.

3 – Crie um programa de assistência para funcionários que estejam com a saúde mental abalada: algumas empresas disponibilizam canais de comunicação com psicólogos para atendimentos iniciais de questões relacionadas à saúde mental. Além disso, fazem treinamento de conscientização dos colaboradores de todos os níveis hierárquicos sobre o tema. Tudo isso gera confiança para que os colaboradores que se sintam mentalmente esgotados busquem ajuda;

4 – Invista em iniciativas de bem-estar: o investimento financeiro em ações de bem-estar variam bastante, mas toda iniciativa tende a gerar reflexos positivos na rotina do colaborador. Dessa forma, pense em investir, por exemplo, no fornecimento de frutas gratuitas, descontos em academias, home office, folga remunerada no dia do aniversário, horário flexível ou espaço para descanso. Para ter mais precisão na oferta, faça antes uma pesquisa interna para entender os desejos e necessidades da maioria;

5 – A felicidade no local de trabalho deve ser prioridade: entendo que felicidade tem um significado particular para cada pessoa. Porém, de acordo com o estudo O segredo das empresas e dos colaboradores mais felizes, produzido pela Robert Half, funcionários mais felizes e saudáveis tendem a ser mais produtivos, engajados e leais, o que afeta positivamente os resultados da sua empresa.


* Gerente de recrutamento da Robert Half. Envie dúvidas e sugestões para o e-mail soraiapedrozo@dgabc.com.br 




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