Importante via de ligação entre extremos de São Bernardo, o Corredor Leste-Oeste deve ter as obras iniciadas ainda neste mês. Serão cerca de 20 quilômetros de pistas, que irão conectar a região do Jardim Irajá até a divisa com Diadema. O resultado da licitação foi publicado no sábado no Diário Oficial do Estado e, se as empresas derrotadas não apresentarem questionamentos, o contrato será assinado nos próximos dias. A previsão para conclusão é de 18 meses.

O empreendimento está orçado em R$ 335,2 milhões, sendo R$ 82 milhões repassados pelo governo federal, por meio do Orçamento Geral da União. Outros R$ 165 milhões serão obtidos por meio de linhas de financiamento, enquanto o valor restante será aplicado com recursos do Tesouro municipal. O recurso é quase dez vezes maior que os R$ 39 milhões utilizados no rebaixamento da Avenida Lions.

O traçado do corredor será feito com base no sistema viário já existente, tendo início na Praça dos Bombeiros, passando pela Rua Tiradentes, avenidas Francisco Prestes Maia, Newton Monteiro de Andrade e José Odorizzi. A pista irá desembocar na Estrada Samuel Aizemberg. Todas as vias passarão por processo de alargamento ou duplicação.

Para melhorar a fluidez, quatro viadutos serão construídos ao longo do percurso. O primeiro, na Praça dos Bombeiros, fará a ligação entre as avenidas Rotary e Luís Pequini. O Viaduto Tereza Delta, sobre o km 20,5 da Via Anchieta, será duplicado. Outros dois elevados irão transpor as avenidas Robert Kennedy e Humberto de Alencar Castelo Branco.

As obras serão divididas em dois lotes. O primeiro, que vai da divisa com Diadema até o Viaduto Tereza Delta, será feito pelo consórcio Mobilidade SBC, formado pelas empresas OAS e Constran. O grupo receberá R$ 209,1 milhões e também fará a construção do elevado da Praça dos Bombeiros. O Lote 2, que compreende o trecho restante, custará R$ 126,1 milhões e será executado pelo consórcio formado pelas construtoras Encalso e Convap. Outros R$ 10,8 milhões serão pagos ao consórcio Corredor LO, composto pelas companhias Planservi e Oficina Engenheiros, para elaboração do projeto executivo, que tem prazo de 12 meses para conclusão.

Os estudos serão feitos simultaneamente à execução dos serviços. Segundo a Prefeitura, a obra já tem projeto básico. A administração municipal garante que esse material já é suficiente para o início de atividades como instalação de canteiros e movimentação de terra.

Para que o empreendimento possa ser viabilizado, 198 imóveis terão de ser desapropriados. O custo com as desocupações será de responsabilidade da Prefeitura, mas o Executivo não informou qual é a estimativa de gasto.

Além das faixas de rolamento para automóveis, o Corredor Leste-Oeste terá via exclusiva para ônibus, que terá acesso à futura Linha 18-Bronze (Tamanduateí/Djalma Dutra) do Metrô. A administração municipal tem projeto no valor de R$ 550 milhões para construção de outras 11 vias segregadas para o transporte público.