Fortalecido pela vitória no PED (Processo de Eleição de Direta), para ser o próximo presidente do PT de Diadema, o ex-prefeito Mário Reali aguarda apoio dos correligionários para levar adiante a possibilidade de candidatura à Assembleia Legislativa.

“Preciso ter apoio. Não posso ser candidato de mim mesmo. Por isso tenho de ver essa possibilidade de candidatura a deputado”, disse.

Reali é contestado por não ter conseguido a reeleição em 2012 e encontra resistência no diretório petista para voltar às urnas ano que vem.

Eleito com 1.020 votos (61% dos válidos) no pleito interno, Reali terá como desafio minimizar os focos de oposição dentro do PT para levar o projeto eleitoral em frente. “Tem gente que deseja (a candidatura) e os que não. Isso faz parte do processo político”, ponderou.

No Legislativo de Diadema, metade dos petistas já assumiu compromisso com outros postulantes, como o presidente do São Bernardo Futebol Clube, Luiz Fernando Teixeira, fato que dificultará a empreitada de Reali,

A indefinição sobre a participação do ex-chefe do Executivo na disputa eleitoral pode deixar Diadema pela primeira vez na história sem candidatos com potencial se eleger à Câmara Federal ou à Assembleia. O petista atuou como deputado estadual entre 2003 e 2008, antes de ser eleito para administrar o Paço diademense.

A cúpula regional do PT avalia que o partido terá ao menos seis candidatos com potencial na disputa à Assembleia Legislativa. Além de Luiz Fernando, Ana do Carmo, Luiz Fernando Teixeira e Teonílio Monteiro da Costa, o Barba, em São Bernardo. Em Santo André, a aposta é Luiz Turco. Paulo Eugenio Pereira Júnior e José Luiz Cassimiro, de Mauá, fecham a lista.

Os petistas avaliam que, com a presença de Reali no pleito, há risco de capilaridade dos votos e, com isso, a futura bancada regional do partido pode não ter o número esperado de eleitos.