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Alckmin e Serra no ABC
Por Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
16/07/2006 | 08:24
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Com discursos afinados, os candidatos do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, e ao governo estadual, José Serra, estiveram sábado na região fazendo uma série de promessas. A estratégia tucana foi promover caminhadas nos centros comerciais de Diadema e de Santo André, únicas cidades administradas pelo PT no Grande ABC.

Serra foi o que mais prometeu. Além de investimentos nas áreas de saúde e educação, garantiu criar uma agência de desenvolvimento para impedir a fuga de empresas do Estado, uma Fatec (Faculdade de Tecnologia) em Diadema e uma linha dois do metrô, que seria ‘encostada‘ a estações de trem para integrar o Grande ABC ao sistema.

Mas o foco dos discursos foi segurança pública e Rodoanel. Eles reconheceram que a violência ainda é uma questão “muito problemática” em São Paulo, mas acreditam numa “melhora” no setor, mesmo com a nova onda de ataques organizada pelo crime organizado. “Destaco o trabalho da polícia, que nas últimas 48h prendeu 70 criminosos”, comemorou Alckmin. O presidenciável citou números demonstrando queda de 19% nos índices de homicídios na região numa comparação entre os cinco primeiros meses de 2005 e de 2006.

“O importante é saber quando se está no caminho da melhora”, complementou Serra, que admitiu utilizar policiamento dentro dos ônibus em situações de crise. “Quando necessário, sem dúvida o faremos. Em situações complicadas como essa temos de saturar o Estado de policiamento”, argumentou.

Os tucanos não polemizaram quanto aos comentários de Serra sobre eventuais ligações do PCC com o PT e ainda minimizaram o repasse de R$ 100 milhões feito pelo governo federal ao Estado na área de segurança. “É uma atitude positiva, mas a verba já estava prevista. Na verdade, está se pagando aquilo que se devia”, relatou Serra. Ele não descartou a possibilidade de o dinheiro ter sido liberado por conta de uma “pressão da opinião pública para que governo federal tomasse atitudes que vão além da retórica”.

Alckmin foi ainda mais crítico em sua análise. “O repasse é de R$ 50 milhões, apenas para o sistema penitenciário. Para a segurança pública foi zero. Os outros R$ 50 milhões serão para equipamentos, que ainda não sabemos quais são”, avaliou.

Impasse – A finalização do trecho Sul do rodoanel novamente voltou a ser objeto de promessa. Enquanto o PT joga a culpa no PSDB por não finalizar a obra por conta da falta de um projeto ambiental, os tucanos dizem que ainda não receberam o repasse da União.

“O governo federal deveria ter investido R$ 140 milhões, mas colocou apenas R$ 39 milhões, só para dizer que fez. Até agora não empenhou um centavo sequer”, reclamou Alckmin. O tucano assumiu o compromisso de entregar o trecho “o mais rápido possível”. “O Grande ABC ficará na melhor esquina do Brasil, entre a Anchieta, a Imigrantes e o Rodoanel”, finalizou.




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