Foi exatamente desta área, inicialmente invadida, que saíram 300 famílias, num total de 1.500 pessoas, para ocupar a outra fazenda em Santa Bárbara do Sul.
"A justiça é muito ágil na concessao de reintegraçoes de posse, mas leva dois anos para fornecer documentos que liberem áreas para a reforma agrária", reclamou Aílton Rodrigues, da direçao estadual do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra), ao justificar a quinta invasao de áreas no Estado. As 240 famílias invasoras que permaneceram em Palmeirinha nao aceitam a ordem judicial de reintegraçao de posse e de desocupaçao da área.
A nova área invadida se insere na estratégia atual dos sem-terra, de prioritariamente invadir áreas em litígio judicial ou penhoradas para o Banco do Brasil, evitando conflitos diretos com os grandes fazendeiros da Farsul (Federaçao da Agricultura).
A única exceçao foi a fazenda Don Felipe, em Encruzilhada do Sul, de propriedade da família Brochier, tradicional na produçao de calçados do Vale dos Sinos. Nesta área, os proprietários já conseguiram da justiça a reintegraçao de posse, embora ainda nao cumprida pela Brigada Militar sob alegaçao de falta de contingente na regiao.
As cinco invasoes ocorreram em Piratini e Lagoa Vermelha, além de Santa Bárbara do Sul e Encruzilhada do Sul. A direçao do Incra reiterou ordem do ministro do Desenvolvimento Agrário, Raul Jungmann, de que as cinco áreas invadidas, assim como outras no resto do país, nao serao vistoriadas com fins de reforma agrária.
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