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Ameaça de bomba gera
pânico no Centro de Sto.André

Quarteirão da Rua Coronel Ortiz foi fechado; alvo era prédio
do Instituto Carvalho e autor pode ter sido um ex-funcionário

Por Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
14/04/2012 | 07:00
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A presença de artefato dentro de sacola plástica e um telefonema ameaçador feito por suposto ex-funcionário fecharam o quarteirão da Rua Coronel Ortiz, no Centro de Santo André. Lá está a sede do Instituto Carvalho, ONG (Organização Não Governamental) que prestava serviços para a Prefeitura. O término do contrato em março fez com que 360 pessoas fossem demitidas há 12 dias. Desde então, alegam não ter recebido seus direitos trabalhistas. Um deles pode ser o autor da ameaça de bomba.

O pedreiro Maurício Simão, 40 anos, foi até o local tentar receber seus direitos quando topou com a sacola no quintal do prédio, por volta das 12h30. Imediatamente acionou a Polícia Militar. "Só pensava em sair correndo dali", contou.

O prédio foi evacuado e policiais militares do Esquadrão Antibomba do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) foram chamados e decidiram explodir o artefato. Era uma imitação de explosivo, com fita isolante, relógio e fios. A perícia determinará se de fato havia pólvora ou outro material que pudesse provocar explosão.

A polícia tentou fazer o contato com a presidente do instituto, Sirlei Carvalho, mas não teve sucesso. O ex-secretário de Saúde de Santo André Nilson Bonome, que também tem participação na ONG, não foi encontrado. Um representante comunicou que recebeu telefonema durante a manhã anunciando a bomba. "Já que vocês não nos pagam, toma aí o presentinho que deixamos para vocês", teria dito o suposto ex-funcionário. O caso será investigado pelo 1º DP (Centro) da cidade.

Ontem, cerca de 50 ex-funcionários estavam no local para cobrar seus direitos. O Ministério Público investiga o Instituto Carvalho por irregularidades em suas contas. "Eles devem e dizem que não têm dinheiro para pagar todos nós", disse outro ex-funcionário. "Não temos previsão de nada. Nem nossa carteira de trabalho eles devolveram até agora."

Depois do ocorrido, o instituto teria se comprometido a entregar os documentos na terça-feira.

A Prefeitura de Santo André alega que já pagou R$ 1,7 milhão, recurso suficiente para quitar todo o plano de trabalho dos funcionários. "A parceria com a ONG era toda com provisionamento mensal. Contrato com funcionários é com o instituto, não com a Prefeitura", disse o secretário municipal da Saúde, Antônio de Giovanni Neto. (Colaborou Fábio Martins)




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