O presidente dos EUA, George W. Bush, anunciou nesta sexta-feira a nomeação do general Peter Pace para chefe do Estado Maior Conjunto. Ele é considerado um dos conselheiros mais próximos do secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, com quem colaborou ativamente na reorganização do exército americano e do Iraque.

Se confirmado pelo Senado, o general Pace será o primeiro marine a ocupar o mais alto cargo militar nas forças armadas dos Estados Unidos.

Em sua qualidade de máximo conselheiro militar do presidente, o chefe do Estado Maior Conjunto tem grande influência nas decisões sobre o uso de força militar, estratégia, formação e perfil das forças armadas. Com 59 anos, Pace era considerado o favorito para substituir o general Richard Myers, que se aposentará em setembro, depois de quatro anos como chefe das forças armadas.

Pace foi ajudante de Myers desde 2001, semanas depois dos atentados do 11 de setembro e do início da guerra no Afeganistão. Desde então, o general sempre sustentou publicamente as decisões de Rumsfeld, em ocasiões polêmicas. "Penso que agimos corretamente no plano militar, destruindo uma ameaça contra nosso país e abatendo um tirano que cometeu crimes em grande escala", declarou Pace em 2004, saindo em defesa da invasão do Iraque e da derrubada de Saddam Hussein.

Nascido no Brooklyn, Nova York, percorreu todos os degraus do exército depois de iniciar sua carreira militar no Vietnã, em 1968. A seu regresso aos Estados Unidos, encarregou-se da segurança da residência presidencial de Camp David, ocupou depois uma série de postos administrativos e obteve, paralelamente, um título MBA (Master on Business Administration).

Foi nomeado general em 1992, quando ocupou a direção da universidade do Corpo dos Marines; dirigiu-se depois à Somália - onde os Estados Unidos lançaram uma operação em 1993 - e depois ao Japão (1994-1996), onde foi comandante adjunto das forças americanas. Em 2000 foi chefe das forças do sul, divisão que supervisiona as atividades militares americanas na América Latina e no Caribe.