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China protesta contra vendas de armas a Taiwan
Das Agências
26/04/2001 | 10:34
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A China protestou depois das declarações do presidente norte-americano, George W. Bush, em defesa a Taiwan em caso de ataque chinês e advertiu aos Estados Unidos que estão entrando em "um terreno perigoso".

"Em relação às declarações de Bush, expressamos nossa indignação, assim como a enérgica oposição do governo e do povo chineses", declarou a porta-voz do Ministério chinês de Relações Exteriores, Zhang Qiyue.

Zhang disse que "o povo e o governo chineses estão dispostos a defender a integridade territorial e a soberania do país. Não nos subestimem", afirmou, acrescentando que Taiwan "não é protetorado de nenhum país estrangeiro".

Nesta semana, Bush aprovou a venda de uma série de armas ultramodernas norte-americanas a Taiwan, a maior em uma década.

A China acusou os Estados Unidos de terem violado seu compromisso de 1982 de reduzir progressivamente suas vendas de armas a Taiwan.

Apesar de meio século de separação política, Pequim continua considerando Taiwan uma província rebelde e ameaça recorrer à força se os dirigentes da ilha demorarem demais para negociar sua "reunificação" com a mãe pátria.

Ao estabelecer relações diplomáticas com a China em 1979, Washington se comprometeu por lei a atender às necessidades taiwanesas em matéria de defesa.

Incentivo – Para a China, a venda de armas a Taiwan incentivará os grupos pró-independência da "ilha rebelde".

Pequim busca manter esses adversários sob intensa pressão e isolamento, tentando afastá-los de potenciais aliados, como os Estados Unidos.

Os ativistas pró-independência de Taiwan se abrigam principalmente no Partido Democrático Progressista (PDP), que venceu as eleições presidenciais em 2000.

Mas seu líder, Chen Shui-bian, teve de se afastar das teses anti-reunificação ao chegar ao poder, numa estratégia montada para evitar o confronto direto com a China.

Desde a guinada promovida por Chen Shui-bian, setores pró-independência do PDP perderam espaço político, mas mantêm uma "resistência" arquitetada para preservar as teses que nortearam o partido em sua origem.




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