Márcio Bittencourt chegou há apenas três partidas no Água Santa para apagar o incêndio e salvar o time do rebaixamento para a Série A-2 e deve deixá-lo ao fim do Paulistão. Mesmo com o pouco tempo de casa, o treinador vê semelhança entre o Netuno com um clube bastante especial na sua carreira: o Corinthians, no qual foi jogador entre 1985 e 1991 e técnico campeão brasileiro em 2005.

“O Água Santa tem a cara do Corinthians em dimensões menores. Mas vai ser um time grande. É o espírito do Corinthians. Me identifiquei muito e gostei. Eu me surpreendi muito aqui. A gente estava de longe e não via. Mas parece a casa da gente, nos sentimos bem. É gratificante”, afirmou Bittencourt. “Vou deixar grandes amigos. Espero que a gente possa voltar para trabalhar com esse pessoal, que é bem bacana. A diretoria é fantástica. Por isso precisamos fazer um grande jogo e deixar esse time na Primeira Divisão. Quem sabe num futuro breve estaremos juntos de novo”, completou o técnico.

Questionado pelo Diário se o jogo decisivo de amanhã, contra o São Bernardo, será sofrido, como virou tradição no Corinthians, Bittencourt caiu na risada. “No Corinthians é sempre sofrido (risos). Não vai ser diferente”, riu o técnico.
A personalidade tranquila e bem-humorada conquistou os jogadores e deu o tom das atividades durante a semana.

Mesmo com a responsabilidade de ganhar do Tigre para não depender de outros resultados e permanecer na Primeira Divisão, os atletas puderam trabalhar tranquilamente. Na quarta-feira, por exemplo, os atletas tiveram atividade de cabeceio em que só seriam liberados após balançarem a rede. Alguns dos que ficaram por último, como o lateral-esquerdo Guina, o volante Russo e o zagueiro Cléber, foram alvos das brincadeiras daqueles que já haviam terminado o trabalho.

Houve descontração também nas atividades de finalização da entrada da área. Os que mandavam por cima do gol, na arquibancada, tinham de pagar dez flexões de braço, arrancando risadas dos companheiros.
Ontem, não foi possível acompanhar a atividade porque o treinador optou por fechá-la à imprensa por privacidade.

Iluminação é aprovada pela Federação

Ontem, o engenheiro Ansel Lancman, responsável pelas vistorias da FPF (Federação Paulista de Futebol), esteve no Estádio do Inamar para vistoriar a iluminação extra instalada pelo clube para a partida das 16h de amanhã, contra o São Bernardo. Com um luxímetro, o profissional mediu a luminosidade em diversos pontos do campo e aprovou sem ressalvas a estrutura – 11 refletores novos somados aos 18 já existentes – para o confronto diante do Tigre.

“Foi pedido que eu viesse aqui e verificasse as condições da iluminação na hora que terminasse o jogo. Cheguei até um pouco depois. O horário previsto para terminar é 17h45 e vim por volta das 18h. Selecionei alguns pontos importantes, como o meio do campo, as laterais todas e, principalmente, em frente às metas. O resultado foi satisfatório. Nenhum dos pontos deu menos de 400 lux, um pouco abaixo da norma (500 lux). Mas está dentro dos parâmetros para ter jogos. Na minha visão, não há problema de se jogar a essa hora (16h) nesta época do ano e nas condições de tempo previstas, sem chuva e com sol”, afirmou Lancman.

Uma das lâmpadas queimou e não acendeu no momento do teste, mas o engenheiro afirmou que a troca seria feita antes da partida.

Além de solucionar este problema, funcionários terminarão hoje o ajuste de regulagem dos refletores.

TORCIDA

Nas redes sociais, o Água Santa convocou a torcida para treino aberto às 9h de hoje, no Inamar, com o intuito de incentivar os jogadores na última atividade antes do clássico contra o São Bernardo.