Setecidades Titulo Habitação
Caixa descarta construir moradias populares em terreno do Inamar

Área indicada pela Prefeitura de Diadema não
está de acordo com o perfil de programa federal

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
06/08/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


O terreno localizado na Avenida Pirâmide, no Jardim Inamar, em Diadema, e proposto pela Prefeitura como opção para empreender moradias para o MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas), não é viável para construção de unidades, por meio do programa federal Minha Casa, Minha Vida, que atendam o perfil do grupo – a chamada Faixa 1 (criada para beneficiar famílias com renda mensal de até R$ 1.600).

A informação foi passada ontem em reunião na secretaria municipal de Habitação, pelo gerente de atendimento de pessoas jurídicas públicas da CEF (Caixa Econômica Federal), Felipe Blanco Savoia. Conforme ele, o espaço, de propriedade particular, tem 55 mil m², totalizando R$ 16,5 milhões e a Faixa 1 recebe do governo federal subsídio de R$ 76 mil para cada unidade.

Projeto feito por empresa de arquitetura à administração indica a viabilidade de construir apenas 200 moradias no espaço, no entanto, são 300 as famílias integrantes do MLB que ocupam terreno no bairro desde junho.

A vistoria no espaço foi realizada por equipe técnica da instituição financeira na segunda-feira. Segundo Savoia, o laudo de análise da área só será finalizado amanhã. “Sobre a ótica do Faixa 1, ele (projeto) não é recomendado, então, já sei que não posso fazer um Minha Casa, Minha Vida Entidades para esse terreno”.

A perspectiva do técnico é de que haja outra alternativa, como a construção de empreendimentos para Faixa Mista (1 e 2), o que beneficiaria também a população com renda de até R$ 3.275 “Podemos tentar viabilizar essas unidades do HIS (Habitação de Interesse Social) através do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)”, diz. A modalidade citada é linha de crédito do governo federal para financiamento da produção de empreendimentos habitacionais, da reabilitação de empreendimentos urbanos e da produção de lotes urbanizados.

Savoia destaca ainda que, para tentar negociar um enquadramento misto, a CEF necessita de mais peças técnicas. O secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano de Diadema, Eduardo Monteiro, afirma que convidará construtoras para elaboração de outras propostas. Arquitetos da Peabiru Trabalhos Comunitários e Ambientais, que presta assessoria para movimentos sociais, também acompanharão as tratativas.

“Avaliamos que mais um passo foi dado, porém, tudo ainda está muito aberto, precisamos nos manter mobilizados”, ressaltou uma das coordenadoras do movimento, Carol Vigliar.

 

Minha Casa, Minha Vida 3 terá lançamento no próximo mês

Aguardado com ansiedade pela Prefeitura de Diadema para viabilizar unidades habitacionais que atendam o MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas) e demanda da administração municipal, o programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, será lançado no dia 10 de setembro. O aviso foi postado na rede social da presidente Dilma Rousseff (PT), na tarde de ontem.

Durante reunião na Secretaria de Habitação diademense, o coordenador-geral de Movimentos do Campo e Territórios, Eduardo Valdoski Ribeiro, que esteve presente no encontro e integra a Secretaria Nacional de Articulação Social, ligada ao Ministério das Cidades, já havia sinalizado que a terceira etapa do programa estava para sair. “A meta, até o final de 2018, é que sejam contratados, contando o Minha Casa 1 e 2, 9 milhões de unidades no País, nas diversas faixas”, falou ele, que acompanhará as tratativas de moradia para atender ao MLB.

 

 




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