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Atacadão nega parceria com Ribeirão para alocar demitidos

Rede iniciou processo de seleção e rechaçou predileção por dispensados da frente de trabalho

Por Daniel Tossato
Do dgabc.com.br
24/01/2020 | 00:01
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O Atacadão, rede supermercadista que abriu ontem processo de contratação de pessoal em Ribeirão Pires, negou a existência de contato da Prefeitura da cidade, chefiada por Adler Kiko Teixeira (PSB), para realocação das 50 pessoas que foram dispensadas da frente de trabalho após dois dias de atuação na semana passada.

Conforme apurou o Diário, durante reunião do secretário de Administração, Adriano Dias Campos, com o pessoal que foi dispensado para explicar os motivos do desligamentos, o titular da pasta sugeriu que o governo iria alocar parte do pessoal nas vagas disponibilizadas pela rede de mercados que pertence ao grupo Carrefour.

Entretanto, o estabelecimento foi claro ao negar que haverá predileção pelos demitidos da frente de trabalho municipal. “O Atacadão não fez nenhuma parceria com Ribeirão Pires em relação às vagas (disponibilizadas na unidade que irá ser inaugurada na cidade)”, disse a rede de mercados ao Diário.

As inscrições para os empregos do Atacadão tiveram início na manhã de ontem e parte da fichas pôde ser entregues no PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) de Ribeirão Pires. Ao todo, o Atacadão pretende contratar 100 pessoas.

“No dia da reunião com Adriano (secretário de Kiko), nos foi dito que devíamos entregar nossas fichas de inscrição (para as vagas do Atacadão) a uma mulher do PAT, que ela daria andamento”, declarou Fred Jean Barbosa da Silva, 40 anos, morador do Centro Alto e um dos demitidos. Silva disse que ficou sabendo que o mercado selecionou alguns dos dispensados da frente de trabalho na primeira etapa do processo de seleção, mas dentro do trâmite normal de admissão.

A Prefeitura de Ribeirão Pires se recusou a depositar o salário de dois dias trabalhados e Campos chegou a pagar do próprio bolso o valor que foi despendido em transporte público àqueles que compareceram ao trabalho nos dias 13 e 14 de janeiro (R$ 20 por pessoa).

Após convocar cerca de 100 pessoas para participarem das vagas do Programa Auxílio Desemprego, a frente de trabalho da cidade, a gestão Kiko acabou por dispensar 50 selecionados que apareceram para trabalhar no projeto. Contrato de trabalho chegou a ser assinado no dia 6.

À época, o titular da pasta de Administração reconheceu o erro em admitir os colaboradores e alegou que as contratações estavam suspensas por se tratar de ano eleitoral.

As inscrições para participar do programa se iniciaram, porém, em maio do ano passado e mais de 1.000 pessoas assinaram as fichas para participar do Programa Auxílio Desemprego. A ação ofereceria emprego temporário, salário (de R$ 773), vale adicional de R$ 100 e capacitação profissional. Para participar da frente de trabalho é preciso ser morador de Ribeirão Pires e estar desempregado há mais de um ano. 




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