O prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), já entrou em ritmo de fim de ano. O verde, que anunciou a aposentadoria política, já retirou seus pertences do gabinete e levou para casa. Quer deixar a vida pública sem futuras preocupações, nem mesmo as mais simples, como esquecer um porta-retrato na mesa. Dentre os objetos pessoais do chefe do Executivo estão artigos de decoração, quadros, pratos e talheres, troféus de premiações e até cestas de Natal recebidas antecipadamente. Na mesma onda está o vice-prefeito, Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), candidato governista ao Paço derrotado na eleição de outubro. O popular-socialista já empacotou todo o seu acervo pessoal. Se tivesse ganhado o pleito, o frete seria mais simples: de uma sala para outra. Mas a viagem terá de ser um pouco maior, para sua residência. A dupla é a primeira das seis cidades da região em que serão trocados prefeitos e vice a organizar a mudança. Também juntarão os pertences até dia 31 de dezembro Aidan Ravin (PTB) e Dinah Zekcer (PTB), de Santo André; José Auricchio Júnior (PTB) e Walter Figueira Júnior (PTB), de São Caetano; Mário Reali (PT) e Gilson Menezes (PSB), de Diadema; Oswaldo Dias (PT) e Paulo Eugenio (PT), de Mauá; além de Adler Kiko Teixeira (PSDB) e Helenice Arruda (PTB), de Rio Grande da Serra. Somente os reeleitos Luiz Marinho e Frank Aguiar (PTB), de São Bernardo, deixarão tudo onde está por mais quatro anos.

Frustração e comemoração

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) julgou o caso do candidato a vereador Deca (PDT), de São Bernardo, enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Foi mantido indeferimento da candidatura e os votos do pedetista não foram computados. Se fossem, Edinho Montemor (PDT) já estava fazendo contas para assumir cadeira na Câmara, pois ajudaria no quociente eleitoral da coligação. Para ele ganhar a vaga, o TSE teria que liberar ainda a candidatura e a validação dos sufrágios de Laurentino Hilário (PDT), também barrado pela Lei da Ficha Limpa, mas que aguarda julgamento. Dessa forma, Oswaldinho Camago (PPS) respira aliviado e continua eleito

Reforço?

A cúpula do PSD tem conversas avançadas para cooptar os vereadores de Santo André Marcelo Chehade (PSDB) e Gilberto do Primavera (PTB). Ambos não conseguiram a reeleição ao Legislativo em outubro. O primeiro responsabiliza a articulação equivocada do tucanato local e o segundo culpa a formação da forte coligação feita pelo PTB, arquitetada pelo prefeito Aidan Ravin. Se mudarem de partido, Chehade e Gilberto estariam, de quebra, de malas prontas para a administração Carlos Grana, que assume o Paço dia 1º de janeiro.