Política Titulo Jogo de empurra
Relação volta a azedar entre Mauá e FUABC

Paço acusa entidade de não pagar benefícios trabalhistas, mas instituição nega e mostra repasse

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
24/11/2018 | 07:00
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DGABC


A já conflituosa relação entre o governo do prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), e a FUABC (Fundação do ABC) voltou a azedar ontem. O Paço acusou a entidade de dar calote no pagamento de benefícios trabalhistas dos terceirizados, enquanto a FUABC responsabilizou a administração municipal pelos atrasos.

Pela manhã, o governo Atila enviou nota à imprensa como forma de se eximir de atrasos nos pagamentos de vale-refeição e convênio médico a 1.374 trabalhadores da rede. O comunicado relata que a FUABC recebeu repasses regulares da Prefeitura de Mauá, mas deixou de pagar “mais de R$ 563,3 mil” referentes a esses benefícios. “A negligência da FUABC mais uma vez coloca em risco o atendimento à população de Mauá nos equipamentos da Saúde, visto que existe mobilização de paralisação das atividades, em protesto à falta de pagamento dos benefícios. Referente ao último mês, a administração transferiu à FUABC R$ 456,1 mil pelo vale-refeição e outros R$ 107,1 mil ao plano de saúde, por parte da NotreDame Intermédica Participações S/A. Os depósitos feitos em meses anteriores pelo governo também foram transferidos com atrasos pela terceirizada junto ao seu quadro funcional”, diz o texto.

O Paço mauaense destacou ainda estar “surpreso e incomodado com a situação” e avisou que denunciará a FUABC ao Ministério Público e ao sindicato que representa os terceirizados.

A FUABC, por sua vez, confirmou os atrasos nos pagamentos do vale-refeição e do convênio médico, mas negou ser responsável pelo impasse e destacou que o calote veio por parte do governo Atila, que teria atrasado os repasses para cobrir essas despesas. A organização ainda encaminhou cópia de documento que mostra que as transferências foram restabelecidas apenas ontem.

“Todos os valores repassados pela Prefeitura de Mauá têm sido gerenciados com a maior lisura, transparência e responsabilidade, com o objetivo principal de evitar o colapso do sistema de Saúde do município e a paralisação dos serviços. Nesse ponto, é preciso esclarecer que os valores repassados mensalmente pela Prefeitura de Mauá nunca atingiram o valor contratual estipulado. Dessa forma, a FUABC trabalha com receitas sempre abaixo do que foi contratado pelo município, com dívidas crescentes a cada mês”, contestou a organização.

A FUABC citou ainda que a minuta do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), que definiria o futuro do contrato entre as partes, está com o Paço há cerca de 15 dias e que ainda não obteve retorno. Até ontem, a negociação caminhava a passos lentos, porém de forma republicana. 




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