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Amor para toda vida
Por Raquel de Medeiros
Do Diário do Grande ABC
09/11/2008 | 07:03
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Frio na barriga, ansiedade, insônia, sensação de que a vida acabaria sem a presença da outra pessoa. Assim ficam os apaixonados. Esse furor, próprio da paixão, é passageiro segundo a ciência. Porém, segundo o casal autor do livro Para o Amor dar Certo, Christiane Blank e Renold Blank, o final pode ser mais feliz. Ou melhor: pode durar por toda a vida.

"O ser humano dispõe de tudo para fazer do amor uma fonte vital que lhe permita evoluir e construir uma vida repleta de sentido e alegria", dizem. E a afirmação não é em vão, já que foi testada e aprovada pelos autores, que são casados há 36 anos. "Sempre observamos casais que se amavam muito, porém, não conseguiam sair do ciclo vicioso das brigas. Por isso resolvemos escrever o livro a quatro mãos", afirma a psicóloga e teóloga especialista em matrimônio, Christiane Blank.

Compreensão, comunicação, flexibilidade, amizade, respeito e uma profunda vontade de viver junto. Esta é a receita.

No entanto, os casais hoje parecem ter esquecido de tudo isso. Com a correria do dia-a-dia, a independência feminina e a grande ascensão da individualidade, a sensação que fica é de que é cada vez mais difícil o amor dar certo, ser duradouro. Além disso, há falta de paciência e persistência entre os casais. Qualquer problema pode colocar um ponto final no relacionamento. Tanto é verdade, que a última pesquisa do IBGE registrou um aumento de 7,7% de divórcios em 2006, na comparação com o ano anterior. "Atualmente, posso dizer que de cada quatro casamentos realizados, há um divórcio", afirma a autora.

Pessoas mudam, assim como o amor - Mas o que mudou de lá para cá? Será que os casais eram mais felizes no passado? Segundo Christiane Blank, as relações entre as pessoas mudaram, assim como o mundo. "Pressionadas pelo cotidiano, as pessoas passaram a criar muita expectativa em relação ao outro. É como se o casamento tivesse que ser perfeito para compensar outras falhas da vida. E é aí que aparecem as frustrações", explica Christiane.

Além disso, no mundo atual, não estamos mais acostumados a compromissos de longo prazo. Nem no mundo do trabalho não é mais assim. Fato que influencia diretamente o entendimento das pessoas e dos relacionamentos.

Segundo estudos, a fase da paixão ou amor romântico tem a duração de cerca de dois anos e meio. Quando esse tempo passa é que o casal começa a ter noção de como cada um é realmente. E é nessa hora em que aparecem as diferenças e as dificuldades. Muitos desistem. "Como a expectativa de vida hoje é maior do que antigamente, um casal precisa ter mais habilidade para ser flexível, já que o mundo muda com o passar dos anos e as pessoas também", explica Christiane.




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