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Venda de imóvel cresce no Estado
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
25/01/2011 | 07:10
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Mesmo com as festividades e gastos tradicionais de fim de ano, a procura e compra de imóveis usados no Estado de São Paulo cresceu 7,45% em novembro, ante outubro, pondo fim a dois meses seguidos de baixa. Na região formada pelas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco a alta foi de 6,44% - o que contribuiu para que o índice estadual de vendas aumentasse.

A pesquisa, realizada pelo Creci-SP (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), mostra que as vendas em novembro totalizaram 1.079 casas e apartamentos usados.

Corretores de imobiliárias instaladas no Grande ABC ouvidos pelo Diário confirmam que o fim de ano foi bom para os negócios. A média de crescimento nas vendas nos últimos meses de 2010 foi de 12%, segundo Aparecido Viana, proprietário de uma imobiliária da região. "Este fim de ano foi bastante aquecido. Pessoas que pertencem a faixa econômica (que procuram imóveis entre R$ 250 mil até R$ 350 mil) aproveitam benefícios como 13º salário, PLR (Participação nos Lucros e Resultados), por exemplo, para completarem a entrada no momento da compra", esclarece o empresário.

A gerente de outra imobiliária também do Grande ABC apresentada como Shirley, afirma que o fim de 2010 propiciou inúmeras comercializações. "A procura foi grande. Isso reflete, principalmente, que o aumento da renda do trabalhador atrelado às facilidades de financiamento tem dado certo."

O delegado do Creci-SP da região, Alvarino Lemes, enfatiza que, de uma forma geral, as imobiliárias das sete cidades tiveram aumento de vendas entre 3% e 7%, em média, entre novembro e dezembro de 2010, em relação aos demais meses. "Conseguimos manter crescimento sustentável até o fim do ano. Isso porque, além da economia aquecida, temos ofertas bastante atrativas, que contemplam as diversas faixas salariais familiares."

A reação das vendas - e da locação de imóveis residenciais - se refletiu também no índice estadual de preços de imóveis usados para morar. O índice de novembro cresceu 11,41% em comparação com outubro, quando havia registrado queda de 3,04%. Em setembro, quando foi lançado, ficara negativo em 2,12%.

Em novembro, o número de novas locações aumentou na Capital (+ 1,85%), no Litoral (+ 36,26%) e na região, Guarulhos e Osasco (+1,21%). Só no Interior houve queda de 1,15%. Imóveis com aluguel mensal de até R$ 600 foram os mais alugados no Interior (51,37% do total) e na Grande São Paulo. Na Capital e no Litoral predominaram os com aluguel de até R$ 800 - eles somaram 50,23% e 57,55% do total, respectivamente.

PREFERÊNCIA

A pesquisa aponta ainda que os apartamentos ganharam das casas na preferência dos compradores. Eles representaram 50,05% do total de negócios formalizados. Casas e apartamentos usados de valor até R$ 140 mil foram os mais vendidos no Interior (52,41% do total) e no Litoral (52,28%). No Grande ABC, Guarulhos e Osasco, essa faixa subiu para até R$ 180 mil (60,47%).

Na Capital, prevaleceram os imóveis com preço final superior a R$ 200 mil, que totalizaram 66% das vendas.

Financiamentos lideraram modalidade de compra

 A venda feita por meio de financiamento bancário superou as realizadas à vista em três das quatro regiões em que se divide a pesquisa do Creci-SP.

Os bancos financiaram 65,78% dos imóveis vendidos no Grande ABC, Guarulhos e Osasco - as comercializações à vista responderam por 31,05% do total, as financiadas pelos proprietários por 1,58% e as efetivadas por meio de consórcios, também por 1,58%.

No Interior, as instituições financeiras bancaram 54,14% do total vendido e, na Capital, 53,11%. Em todas essas regiões, a Caixa Econômica Federal ocupa papel de destaque.

O Litoral foi a exceção nesse quadro de domínio do crédito bancário. Casas e apartamentos usados vendidos por financiamento da estatal e de outros bancos somaram 35,22% dos negócios efetivados pelas 1.653 imobiliárias pesquisadas.

A venda à vista somou 57,31%, a feita a prazo pelos proprietários ficou em 7,16% e os consórcios tiveram participação restrita, de apenas 0,30%.da Redação




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