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Esquenta o clima entre Azulão e S.Paulo

Tricolor não aceita jogar em Presidente Prudente e São Caetano, mandante da partida, pede respeito ao rival

Por Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
20/03/2009 | 07:00
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Faltando pouco mais de duas semanas para o jogo com o São Paulo, esquentou a polêmica criada por causa da intenção do São Caetano, mandante da partida, de levar o confronto, marcado para o dia 5 de abril, para Presidente Prudente. O Tricolor protocolou ontem na FPF (Federação Paulista de Futebol) documento no qual manifesta contrariedade à transferência para o interior paulista e ameaça colocar um time de juniores em campo.

O Azulão bateu o pé e o presidente Nairo Ferreira de Souza disse não estar preocupado com a reação são-paulina - o clube ainda aguarda a resposta da federação.

"O São Paulo tem de respeitar o Campeonato Paulista e o mando de jogo do São Caetano. Por mim, podem colocar até o time mirim. Eles vão atuar pela Libertadores somente quatro dias depois. Vão fazer três partidas seguidas no Morumbi (antes do Defensor, o Tricolor recebe o Guaratinguetá e o Palmeiras). Não sei porque estão reclamando."

O São Paulo, em contrapartida, aposta que não precisará jogar em Presidente Prudente. "Espero que a federação analise com bom senso, respeitando o direito de mando do São Caetano, mas que pondere nossas razões. Seria desastroso jogar lá, porque quatro dias depois enfrentaremos o Defensor (do Uruguai, no jogo de volta da Libertadores)", disse o diretor de futebol, João Paulo de Jesus Lopes, em entrevista ao Diário.

O dirigente alega que além do desgaste da viagem (558 quilômetros), a mudança traria custos ao São Paulo. "Teríamos de fretar um voo. A Prefeitura (de Presidente Prudente) nos ofereceu ônibus. O São Paulo não se desloca de ônibus em viagens de longa distância há muitos anos. Não faríamos isso agora. Se tiver que jogar lá, vamos com um time de juniores", disse Jesus Lopes.

O dirigente disse que até aceitaria jogar em cidades mais próximas da capital e citou o Estádio Bruno Daniel, em Santo André, e a Arena Barueri.

FINANÇAS - Para o Azulão, a mudança representa a oportunidade de engordar a arrecadação, visto que o São Paulo briga por uma vaga na próxima fase do torneio e a última partida poderia ser decisiva para as pretensões do Tricolor.

As acomodações do Anacleto Campanella hoje estão acanhadas devido à reforma incompleta do estádio, que tem hoje capacidade para receber cerca de 15 mil pessoas. As arquibancadas amarelas estão interditadas há mais de dois anos e aguardam reformas.

Ademir Sopa não enfrenta o Mirassol

O volante Ademir Sopa pegou dois jogos de suspensão pela expulsão no jogo contra o Botafogo, em Ribeirão Preto, e não enfrentará o Mirassol amanhã, no Interior. O jogador já havia cumprido um contra o Ituano.

Sopa foi julgado no artigo 254 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva): jogada violenta. O atleta levou a pena mínima.

O volante Amarildo, que também foi expulso no mesmo jogo pegou apenas uma partida. Como já cumpriu diante do Ituano, poderá enfrentar o Mirassol. Amarildo foi inserido no artigo 250: praticar ato desleal ou inconveniente durante o jogo.

A boa notícia para o técnico Sérgio Soares são as voltas do volante Tobi e do atacante Luan, que estavam suspensos e não defenderam o Azulão na derrota em casa para a Portuguesa na última rodada.

Soares ainda não definiu quem será o substituto de Sopa no confronto em Mirassol. O time viajou ontem para a vizinha São José do Rio Preto, onde realiza hoje o último treino antes da partida.

O Azulão tem 17 pontos - é o nono colocado - e precisa da vitória para não se aproximar da zona de rebaixamento.




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