Certamente ontem não foi um dos melhores dias para o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT). Ele começou o dia irritado por ter lido no Diário a notícia de que o governo estadual tinha rejeitado a área oferecida para a construção das unidades da Fundação Casa (ex-Febem), no Batistini. Com a decisão, o Estado volta a pensar em instalar o equipamento no Alvarenga. O que o petista de São Bernardo não engoliu foi constatar que a reportagem revelou a negativa antes dele informar ao Sindicato dos Cegonheiros, que ocupa o terreno que foi indicado pelo chefe do Executivo municipal. A ideia de Marinho era dar a notícia primeiro aos sindicalistas. O prefeito queria explicar que chegou a oferecer a área apenas para ganhar tempo, já que sabia que o Estado não aceitaria o local. Mesmo assim, ele marcou para hoje uma reunião para explicar aos integrantes do sindicato o que já foi muito bem explicado pelo jornal. Resta saber se o petista ficará apenas na notícia velha ou se trará alguma novidade sobre o assunto.

Bastidores

Maquiagem
Por falar em Marinho, a visita do chefe do Executivo, ontem à noite, à Emeb Erminia Paggi, no Jardim Palermo, para discussão do PPA (Plano Plurianual), gerou um corre-corre na equipe de Obras da Prefeitura. Nos últimos dias, funcionários tiveram de trabalhar a todo vapor para dar uma ‘cara nova' ao local, como corte de mato. Ainda bem que no evento não foi servida refeição, já que um problema não deu tempo de resolver: o conserto do fogão industrial, que tem feito os alunos comerem apenas lanche nos últimos dias.
Fora de uso
Mais do que polêmica e discussões ásperas, a Câmara de São Bernardo teve ontem momentos inusitados. Um deles referente ao painel de votação. Há cerca de dois meses que o instrumento de acompanhamento dos votos dos vereadores não era utilizado. As últimas chamadas foram feitas verbalmente. O período de inoperância do aparelho resultou em problemas no funcionamento. O instrumento teve de ser testado pelos parlamentares. A luz verde, referente ao ‘sim', de Ary de Oliveira (PSB), apresentou defeito. "É realmente muito tempo sem uso", reconheceu o socialista, bem-humorado.

Justiça no páreo
Vereadores de oposição de Mauá não gostaram nada da aprovação da doação da área para a Cooperma (Cooperativa de Trabalhadores Profissionais de Reciclagem de Resíduos Materiais de Mauá) sem passar pela comissão de Cultura. Para acabar com a briga, os parlamentares resolveram colocar a Justiça no páreo. Ontem, eles entraram com mandado de segurança na 4ª Vara Cível de Mauá pedindo a análise jurídica sobre a votação. O líder da bancada governista Rômulo Fernandes (PT) lamentou o possível entrave afirmando que a batalha jurídica pode fazer com que a cooperativa perca a verba do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).