A Corregedoria da Polícia Civil investiga a atuação dos policiais envolvidos em uma ação ocorrida terça-feira, no Jardim Ipê, em São Bernardo, que resultou na libertação de uma vítima de seqüestro. Eles deixaram que um dos seqüestradores, que havia sido preso no cativeiro, conseguisse fugir.

“Houve a fuga. Não tenho elementos para afirmar se houve dolo ou culpa na conduta do policial que deixou o criminoso escapar”, afirmou o delegado-titular do 3º DP de São Bernardo, Paul Henry Verduraz, dizendo que não se manifestaria mais sobre o caso por conta da investigação da corregedoria.

Após o provável seqüestrador escapar, a polícia prendeu outro homem, no bairro Demarchi, suspeito de envolvimento no crime. A polícia chegou até ele baseada nas informações que o seqüestrador que fugiu havia passado antes de escapar.

A família do homem contesta veementemente sua participação no crime. Entretanto, a vítima do seqüestro, que havia ficado sem comer por oito dias, reconheceu esse suspeito através do visor de uma câmera digital.

“Marquei para quinta-feira (hoje) o reconhecimento pessoal entre a vítima e o acusado. Não quero prender um homem inocente”, disse o delegado Verduraz, afirmando que esse reconhecimento é mais seguro.

O delegado disse ainda que pediu a prisão preventiva do proprietário da casa que serviu como cativeiro, e que não tem dúvidas da participação desse homem no seqüestro. “É um indivíduo perigoso. No momento do seqüestro, deu três tiros no pai da vítima”, disse Verduraz.