O candidato à Prefeitura de Diadema pelo PV, Lauro Michels, mirou um dos maiores problemas enfrentados pela gestão de Mário Reali (PT): valorização do funcionalismo público. O verde prometeu incentivar a categoria, que chegou a ficar em greve de mais 30 dias à espera de reajuste salarial.

"Eu quero qualificar a mão de obra desses funcionários, aproveitar aqueles que têm grande conhecimento da máquina administrativa", afirmou o verde, que colocou em seu plano de governo diversas citações de melhorias de condições de funcionários públicos em áreas da Saúde e Educação.

O tema é nevrálgico na gestão petista por dois grandes problemas: o alto número de trabalhadores - hoje em 7.000 - e o limite orçamentário. A LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) determina que governos municipais gastem 51,3% da arrecadação com a contratação de funcionários. Diadema trabalha com o percentual de aproximadamente 47,5%.

Com base nesse cenário, Michels ressaltou a necessidade de remodelar a administração para que haja mais recursos disponíveis. "Vamos cortar os contratos abusivos com as empresas terceirizadas, além de auditoriar todos eles", assegurou. "Vamos enxugar a máquina em cargo e comissão, em chefias e diretorias."

O verde ressaltou que os investimentos na área serão direcionados aos funcionários públicos de carreira, que foram aprovados mediante concurso. "Quero aproveitar aquele trabalhador que tem o conhecimento da máquina, rever o plano de cargos e salários e colocar reajuste anual, ou seja, quero valorizar aquele que segura o piano da Prefeitura", disse Michels.

O cuidado do postulante ao Paço em não prometer grandes aumentos salariais de forma irresponsável decorre de regras impostas pela LRF. Se a lei não for cumprida, o gestor pode sofrer punições, como multa ou até mesmo ser enquadrado em crime de improbidade administrativa.