Política Titulo Diadema
Vladão dispara contra PT e PV de Diadema

Comunista relaciona diretório petista a Mensalão e diz que o verde amarelou nas provocações

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
03/09/2012 | 07:00
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Vladão Trombini, candidato à Prefeitura de Diadema pelo PCB, decidiu entrar na briga polarizada entre o prefeito Mário Reali (PT) e o prefeiturável do PV, Lauro Michels. O comunista não poupou críticas ao verde, que deu sinais de refugo após Reali acioná-lo na Justiça por insinuações sobre o Mensalão, e também atacou o PT, relacionando a campanha na cidade com o dinheiro dos supostos caixa dois e compra de votos denunciados no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"O partido é único. Se o PT do Zé Dirceu, (José) Genoino, Delúbio (Soares) e João Paulo (Cunha) é mensaleiro, o PT de Diadema também é. E quem for petista também é mensaleiro. Todos", discorreu o candidato. "Não dá para ficar pagando de santo aqui quando a Justiça condena esses caras que respondiam pelo PT no Brasil", disse Vladão, citando alguns políticos dos 37 réus do Mensalão, em julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal).

O comunista disparou também contra o alto escalão do PT diademense, como o ex-prefeito e deputado federal José de Filippi Júnior, o chefe de Gabinete de Reali, Osvaldo Misso, e o diretor administrativo da Saned (Companhia de Saneamento de Diadema), Walter Rasmussen. "Aqui (em Diadema) a organização petista é marcante no que se refere a personagens que arrecadam dinheiro para o petismo ganhar eleições na região e no País. Temos figurinhas que em tempos de Marta Suplicy saíram correndo da prefeitura da Capital e se esconderam aqui, envolvidos que estavam com a máfia do lixo e empreiteiras do caixa dois - Osvaldo Misso e Walter Hassmussen são os principais. Quando o PT escolhe o Zé Filippi para tesouraria (da campanha à Presidência de Dilma Rousseff em 2010) não é pela competência tão inflamada nos discursos do PT mensaleiro. É pelo simples motivo que aqui em Diadema estão os homens que têm esquema com o setor privado para arrecadação de dinheiro para campanha."

Vladão continuou os ataques contra Filippi. "O Filippi não é o testa de ferro. Se deixa envolver e até se sujar, como foi o caso da citação de seu nome na CPI do Cachoeira, mas não é o competente da história", citou, relembrando o depoimento do ex-diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) Luiz Antônio Pagot, que confirmou que foi procurado pelo deputado federal para intermediar doações de empreiteiras com contrato com a estatal.

As críticas não ficaram centradas apenas ao PT. Sobrou também para o PV de Michels. "O PV no tem moral para falar do PT e muito menos de Mensalão. Era base do governo federal nas denúncias feitas pelo petebista Roberto Jefferson e nada fez. Continuou mamando. O PV faz denúncia de escândalos dos quais é conivente e não perde a cor, a vergonha e o fisiologismo", comentou.

"O vereador Lauro, apesar de toda experiência e preparo - é experiente e vem sendo preparado desde a gestação para ser prefeito -, tentou e conseguiu irritar os petistas, mas agora refugou. Depois que algum petista - tenho certeza - meteu fogo em carros que o PV não deveria ter deixado na rua, parece que amarelou e vai parar ou diminuir as provocações", opinou Vladão. "O Lauro está com medo. Eu não."




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