Guarda-roupa, vassoura, sofá, colchões, pedaços de janela, madeira, azulejos, roupas, plásticos, isopores, pneus e até casinhas de cachorro. Esses são apenas alguns dos materiais que estão acumulados em parte do Córrego Cassaquera, que corre às margens da Avenida Professor Luiz Inácio de Anhaia Melo, no bairro Centreville, em Santo André.

Vizinhos não sabem precisar quando foi realizada a última limpeza na área pela Prefeitura. Alguns falam em meses e outros em anos. Em cerca de 150 metros, todo tipo de lixo é avistado e o cheiro de esgoto é quase insuportável. Os moradores dividem a responsabilidade entre Prefeitura e população. "Se limpar hoje, daqui dois meses estará igual. Ninguém colabora na manutenção", reclama o aposentado Ronaldo Garcia, 54 anos.

Alguns imóveis localizados em frente à parte mais crítica estão à venda. Poucos quarteirões adiante é possível encontrar residências. Vizinhos que convivem com a sujeirada há anos até satirizam a situação. "Com o que tem boiando lá embaixo dá para montar uma casa", disse a aposentada Gildete Ribas, 58.

Segundo a moradora, instalação de lixeiras e caçambas temporárias foi solicitada ao Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André). A população também pede a canalização do córrego, já que o mau cheiro é causado pelo esgoto despejado a céu aberto, e não pelos objetos descartados no curso d'água.

Procurada, a autarquia municipal informou que, ainda hoje, enviará técnicos para fazer vistoria no córrego e verificar a necessidade de remoção do entulho. O Semasa esclareceu que a limpeza do entorno é realizada a cada dez dias, sendo que a última intervenção foi feita no dia 16. Já o trabalho de carpir o mato foi realizado em maio.