Economia Titulo Bolso
Brinquedo sai da fábrica 3% mais barato
Por Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
22/08/2012 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


A indústria nacional de brinquedos reduziu em 3% os preços dos produtos com objetivo de melhorar resultados no Dia das Crianças. Essa deflação na fábrica, impulsionada pela reestruturação dos processos em escala das empresas, vai gerar incremento de 14% no resultado nacional, frente ao mesmo período de 2011, estima o presidente da Abrinq (Associação Brasileira das Fabricantes de Brinquedos), Synésio Batista da Costa. Mas isso não significa que os consumidores encontrarão os itens mais baratos.

O momento é ideal para os comerciantes elevarem suas margens de ganhos, tendo em vista que geralmente fazem estoques em julho e agosto para o Dia das Crianças. E, por isso, a redução de preços nas fábricas é apenas um dos fatores que influenciarão no quanto o cliente pagará. O maior peso para as definições de valores será da concorrência entre as lojas e da demanda pelos produtos.

"A primeira tentativa é de fazer o preço cheio. Eles (comércios) tentam vender com maior lucro. O que conseguem na fábrica é um tipo de vantagem para recompor a margem", destacou o professor do Provar/FIA (Programa de Administração do Varejo da Fundação Instituto de Administração) Nuno Fouto. No entanto, ele pontuou que se a demanda for baixa, a redução que as lojas tiveram para comprar os itens acabará repassada às famílias por meio de promoções para escoar a mercadoria.

Com a demanda aquecida naturalmente pela sazonalidade, a massa salarial em alta e o baixo nível de desemprego entram no contexto como estímulos econômicos para elevar os preços, que, para o consumidor final, devem ficar superiores aos vistos em 2011 até que a procura desaqueça, explicou o professor de Economia da Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado) e coordenador do Núcleo de Pesquisas Ifecap, Eric Brasil. Ele lembrou apenas que a concorrência local, quando potencializada, pode gerar melhores valores aos clientes.

Integrante do conselho superior da Aciam (Associação Comercial e Empresarial de Mauá) e coordenador de relações institucionais da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Luiz Augusto Gonçalves de Almeida acredita que a concorrência, na região, não deixará os preços dos brinquedos subirem. "Porém, como estimo que os presentes serão de menor valor, acredito que quem não se antecipar pode enfrentar valores mais altos quando os estoques (próximo da data) estiverem no fim", avaliou.

VARIEDADE - "Os maiores centros comerciais, como na região da Rua 25 de Março, em São Paulo, (com elevada variedade de produtos), devem concentrar os melhores preços. Em seguida os supermercados", avaliou Fouto. Segundo Costa, da Abrinq, os fabricantes colocaram no mercado 1.800 novos produtos neste ano.

 

 




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