O PP de Mauá entrou com processo para pedir a cadeira do vereador Ivan Gomes, o Batoré (PRB). O parlamentar irá depor na Justiça Eleitoral no dia 28 com alegação de que sofreu perseguição política e não tinha aval do diretório para ser candidato a deputado federal na eleição de outubro.

O presidente do PP na cidade, Ronaldo da Comport, justificou que o partido perdeu força com a saída do vereador. “O processo (de cassação) só existe porque entendemos que a cadeira é nossa. Precisamos recuperar nosso espaço.”

Porém, caso Batoré seja cassado, o PP não vai recuperar sua vaga no Legislativo. A primeira suplente da coligação feita pela sigla em 2012 (PP-PMDB-DEM) é Wanessa Bonfim (PMDB). O progressista Adelto Damasceno Gomes, o Adelto Cachorrão, é o segundo na lista de espera.

Batoré ironizou a tentativa do seu antigo partido. “Brigam por lugar que não é deles. Estão cortejando noiva que não vai se deitar com eles”, satirizou. O PMDB tem adotado postura independente ao governo de Donisete Braga (PT) e o desejo do PP é integrar a base de sustentação.

O vereador mostrou confiança com a manutenção do mandato alegando possuir provas de perseguição política. “Vou ser ouvido, mas tenho certeza que a chance de perder a minha cadeira é de 1%. O Ronaldo disse publicamente que apoiaria o candidato do PT”, recordou. A entrevista foi dada ao Diário em julho.

Ronaldo ressaltou que o partido vai ajudar na reeleição do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) e definirá nome para a briga estadual. “Se o Batoré estivesse no partido, ele seria nosso candidato. Com certeza”, alegou o presidente.