Política Titulo Sem transparência
Oposição organiza chapa no Sindserv de S.Caetano

Grupo contrário diz que atual direção, sob comando de Dias, esconde informações sobre a eleição

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
16/12/2013 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


Grupo de servidores de São Caetano que articula chapa de oposição ao atual diretoria do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) enfrenta resistência do presidente da entidade, Miguel Parente Dias. A reclamação é a de que não há informação sobre as regras da eleição interna prevista para o próximo ano.

Candidato a vereador pelo PT na eleição de 2012 e hoje sem partido, o inspetor de alunos José Roberto Oliveira afirmou que nenhum integrante da diretoria responde às solicitações de informações técnicas. “Quando perguntamos quando será a reunião, eles dizem que não sabem. Quando perguntamos sobre o que precisa e quantas pessoas são necessárias para inscrever a chapa, dizem que não lembram. Falam que não sabem nem quando vence o atual mandato”, relatou Oliveira.

De acordo com o inspetor, um integrante do grupo conseguiu informações de que o pleito se realizaria este ano e que a chapa deveria ter 43 pessoas inscritas. “Precisamos saber a data para registrar a chapa e eles dizem que vai sair nos atos oficiais, mas não falam quando”, reclamou.

Em março, o presidente do Sindserv disse ao Diário que não tinha confirmação sobre a eleição interna, mas que o pleito poderia ocorrer ainda em 2013. Dias também não revelou quando venceria seu mandato. Em 1999, a entidade promoveu eleição em fevereiro. O processo ficou marcado por disputas judiciais, já que o atual mandatário, que disputava a primeira reeleição à época, ampliou o prazo de votação.

Desde então não se tem mais registros sobre o processo de escolha democrática da presidência. “Em 2009, uma diretora do Sindserv me perguntou se eu iria continuar com eles, dando a entender se eu continuaria sindicalizado. Disse que sim e ela me pediu para assinar um papel. Acho que essa assinatura valeu como um voto e foi assim que ele (Dias) foi reeleito mais uma vez”, relatou Oliveira.

O inspetor disse que o grupo vai protocolar chapa plural, mas com maioria proveniente da GCM (Guarda Civil Municipal), Saúde e Educação. A intenção é que, quando a eleição ocorrer, guardas de folga montem esquema de segurança para evitar a violação da urna. “Estão preocupados. Passaram até a trabalhar. Estão indo às escolas falar de proposta, coisa que não costumavam fazer.”

Neste ano, o Paço concedeu reajuste de 7% ao funcionalismo. A proposta, no entanto, foi referendada apenas por Dias, sem ser submetida a uma assembleia de servidores. Dias não foi localizado para comentar o caso.




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