A bancada de oposição na Câmara de São Bernardo criticou a morosidade para o início da auditoria sobre o contrato da construção do prédio do Legislativo, que consumiu mais de R$ 34 milhões.
O chefe do Legislativo, Tião Mateus (PT), deu início à licitação para contratar a empresa que realizará o pente-fino na polêmica edificação, mas admitiu que os trabalhos começarão apenas em 2014.
Idealizada pelo antecessor de Tião à frente da Câmara, Hiroyuki Minami (PSDB), a obra foi orçada inicialmente em R$ 28,4 milhões. Começou em novembro de 2011 e foi concluída em julho deste ano.
Para o oposicionista Julinho Fuzari (PPS), a demora é “afronta à transparência” da Câmara. “Gostaria de saber por que ainda não foi feita a auditoria. O ano está terminando e vejo muita coisa parada na Casa”, disse.
“Avalio a demora nesse processo como derrota. Não para a Câmara, mas para a cidade”, criticou Pery Cartola (Solidariedade).
A realização da auditoria ficou definida em março, após aprovação de requerimento dos vereadores Fábio Landi e Rafael Demarchi (ambos do PSD). Desde então, a proposta tramita sem avanço no Legislativo.
“Não dá para esse processo se arrastar ainda mais. A população cobra resposta sobre os gastos com o dinheiro público”, disse Landi.
Para viabilizar a análise dos gastos com o empreendimento, Tião Mateus estipulou gastar até R$ 450 mil. Quatro empresas foram contatadas pelo petista, apresentando valores entre R$ 450 mil e R$ 2,1 milhões pela apuração.
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