O processo seletivo para o curso de montagem e manutenção de computadores da Fundação Florestan Fernandes, de Diadema, foi cercado de polêmicas depois que um concursando não conseguiu efetuar o pedido de revisão da prova.

Um morador do bairro Serraria e estudante da Fatec (Faculdade de Tecnologia) – que preferiu não se identificar – disse que fez a prova com “convicção, porque grande parte das questões era de Ensino Fundamental”. Porém, estranhou quando não viu seu nome na lista de aprovados.

Ele ingressou com pedido de revisão do processo, mas a solicitação foi negada, em descumprimento ao artigo 10.1 do edital do concurso. “O processo não foi transparente, porque não tinha como levar a prova para casa para conferir as respostas, não disponibilizaram o gabarito e não havia lista de suplentes”, reclamou.

O morador contou que já havia prestado prova na Fundação Florestan Fernandes quando a autarquia era gerida por José Francisco Alves (PMDB). Ele cursou elétrica residencial em 2012.

Sua situação só foi regularizada ontem, quando a Fundação Florestan Fernandes aceitou rever a prova. De acordo com o diretor-presidente da entidade, Joeder Souza (PSDB), ficou constatado que o concursado havia acertado questões suficientes para ser aprovado para cursar as aulas.

“A correção tinha sido feita à mão e, depois que refizemos a avaliação, vimos que ele tinha passado”, constatou Joeder. “Após o caso dele também reavaliamos outras provas que tinham passado por correção humana”, discorreu o diretor, afirmando que as demais provas continham correção exata.

Após a polêmica, o estudante realiza hoje sua inscrição na Fundação Florestan Fernandes. Outros 17 alunos estão selecionados para cursar montagem e manutenção de computadores da instituição.