Cíntia Bortotto Titulo
Os desafios das empresas familiares

O principal desafio na gestão delas é o entendimento de onde se quer chegar e o que deve ser feito

Por Cíntia Bortotto
03/09/2012 | 00:00
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O Brasil, mesmo com a crise mundial, continua crescendo em muitos setores e algo que merece destaque é a constituição de empresas familiares que depois se profissionalizam e se tornam grandes companhias. O principal desafio na gestão delas é o entendimento de onde se quer chegar e o que deve ser feito, ou seja, qual o plano para isso. A partir deste desenho, as problemáticas começam a aparecer, por exemplo, que alguém da família ocupa um cargo, mas não tem as competências para estar na função. Nesse caso, se o que a empresa quer é continuar crescendo só existem duas saídas: ou a pessoa se desenvolve ou precisa ser substituída em prol do negócio. Mas como substituir alguém da família sem deixar mágoas? Respondo: com muita conversa e transparência depois de se ter tentado desenvolver a pessoa.

Ao longo da minha carreira, por já ter trabalhado em empresa com administração familiar e por ter vários clientes neste contexto, elenco abaixo alguns dos principais problemas que encontro e que devem ser cuidados.

- Centralização: poucas pessoas centralizam o poder e a tomada de decisão, o que faz com que a empresa fique mais lenta e com que profissionais com maior grau de autonomia não se sintam motivados.

- Falta de profissionalização: muitos processos e ferramentas são feitos de forma caseira, não utilizando o que já se tem de melhor no mercado para gerar mais lucro para a empresa.

- Medo de falar: quando muitos parentes trabalham na empresa, pode haver o clima de não vou falar porque não sei como isso chegará na família, o que inibe melhorias.

- Não ter um plano de sucessão estruturado: empresas familiares podem acabar se não preparam sucessores. Em geral, os donos preferem que alguém da família dê continuidade, mas quando isso não acontece, deve-se ter plano sucessório claro para que não haja riscos para o negócio. Mesmo que o eleito seja alguém da família, preparar esta pessoa é essencial para a saúde e continuidade da empresa.

- Não investir em pessoas: manter colaboradores pessoas que "não fazem a diferença" também é um problema, pois a empresa só realiza seu potencial se tem pessoas engajadas.

- Oferecer benefícios individualizados sem política clara: o que a princípio é feito para ajudar, principalmente colaboradores em momentos difíceis, pode virar fonte de reclamação.

Coaching é técnica que não expõe as fragilidades dos familiares em seu processo de desenvolvimento e por isso que é ferramenta que tem sido tão usada para desenvolver este grupo de pessoas. Se você possui ou trabalha em empresa familiar, siga confiante e boa sorte!




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