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Euforia com Seleção e Copa esquentam setor de brindes
Por Clarissa Cavalcanti
Do Diário do Grande ABC
11/09/2005 | 07:53
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Falta pouco menos de um ano para a Copa do Mundo da Alemanha, porém o Mundial já movimenta as empresas de brindes do Grande ABC. A classificação antecipada da Seleção Brasileira, na semana passada, reforçou o otimismo dos empresários. O próximo ano prometia aquecer o mercado também por conta das eleições gerais, mas com a possível aprovação da mini-reforma política que restringe o uso de brindes pelos candidatos, a Copa de 2006 será o grande evento para o setor.

O mercado de brindes concentra em torno de 3,5 mil empresas, das quais cerca de 250 no Grande ABC, segundo a Bríndice, a companhia que produz o principal anuário do setor. O diretor comercial Luis Roberto Salvador reconhece que a incerteza paira nos negócios a serem fechados por conta das eleições, porém esbanja otimismo quando o assunto é a Copa do Mundo, que deve gerar incremento médio de 10% no faturamento das empresas. "Muitos empresários já estão fechando negócios. As empresas estão antecipando as compras porque a seleção está indo bem."

Na Líder Brinquedo, de Mauá, a aposta para o Mundial é a bola plástica, que deve aumentar até 30% as vendas, segundo o gerente de produtos promocionais Nuri Dib. Ele diz que algumas empresas já estão procurando a Líder para fazer cotação de preços. O sucesso das bolas já foi comprovado na Copa de 2002. A empresa vendeu mais de 3 milhões de unidades na época. Para a Copa da Alemanha, Dib espera chegar a 4,5 milhões de bolas vendidas. "A seleção está indo bem, por isso devemos vender mais."

A Crystallium, com fábrica em São Bernardo, já está desenvolvendo produtos em cristal na forma de bolas e taças. O diretor José Melnik diz que as primeiras consultas começaram em junho. O executivo acredita que o Mundial deve elevar as vendas em pelo menos 10%. A estimativa é vender 5 mil cristais por conta da Copa de 2006.

Segundo Alzira Cristina Serra, proprietária da Samaite, fábrica de brindes de Diadema, nos anos que eventos políticos e esportivos coincidem as vendas crescem até 80%. Ela acredita que os negócios nas eleições devem cair em torno de 30%, e por isso vai direcionar as vendas para a Copa do Mundo. "O departamento de arte da empresa já está pesquisando o que pode ser oferecido ao mercado."

A Dumont, empresa de Mauá que personaliza artigos em porcelana, deve aumentar 20% o faturamento até o Mundial. A empresa oferece canecas e copos de cerveja com um diferencial: a possibilidade de colocar a bandeira dos países participantes do evento. A diretora Raquel Colombo conta que só na última semana três grandes empresas fizeram cotação dos brindes, e a expectativa é vender cerca de 30 mil canecas.

Percival Oliveira, diretor comercial da Espaço Fechado, de Santo André, projeta aumento de 30% no faturamento por conta das vendas na Copa do Mundo. A empresa desenvolveu quatro modelos de relógios com temas relacionados ao Mundial, e espera vender 6 mil unidades.

A Personal Chocolates, de São Paulo, que atende cerca de 20 empresas do Grande ABC, criou medalhas de chocolate semelhantes às distribuídas na Copa. O diretor comercial Vicente Afonso estima crescimento de 20% por conta da novidade, e espera vender 1 milhão de medalhas.




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