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Seguranças são acusados de agressão em casa noturna
Por Fabiana Chiachiri
Do Diário do Grande ABC
28/09/2005 | 08:21
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Além da fama de reduto de sambistas e pagodeiros, o Amnésia Bar & Foods, localizado no bairro Campestre, em Santo André, tem ficado famoso por protagonizar muita confusão. No último sábado, duas irmãs teriam sido agredidas e colocadas para fora do estabelecimento pelos seguranças. No dia seguinte, três amigos também teriam sido espancados.

As irmãs Roselene Esteves de Moraes, 30 anos, e Rosangela Esteves de Moraes Silva, 31, disseram que foram agredidas dentro da casa. "O local estava muito cheio e esbarrei em uma moça. Não deu tempo nem de pedir desculpas. Quando percebi, os seguranças já estavam em cima de mim. Me colocaram para fora e uma mulher veio para cima e começou a dar socos no meu estômago e na cabeça", lembra Rosangela.

Enquanto era agredida, sua irmã Roselene teria sido arrancada da casa por dois homens. "Estava no banheiro e quando saí me falaram que ela (Rosangela) tinha sido colocada para fora. Ao perceberem que eu perguntava pela minha irmã, também fui escurraçada", diz.

Depois de se sentirem humilhadas física e moralmente, as irmãs chamaram a polícia. "O policial chegou, mas não quis nem saber do caso. Disse que não adiantava levar para frente", afirma Rosangela, revoltada com a atitude do policial. No dia seguinte, foi até o 4º Distrito Policial de Santo André e registrou boletim de ocorrência. "Vou até o fim da história. Nunca fui tão humilhada", diz.

Na segunda-feira, três amigos que estiveram no Amnésia no domingo afirmam que teria ocorrido o mesmo com eles. "Fomos espancados pelos seguranças do bar. Foi uma covardia. Não deixaram nem a gente se explicar", diz o operador Nilson Silvestre Reis, 22 anos, que estava com o rosto inchado e os lábios cortados.

De acordo com os amigos, eles subiram no palco da casa para brincar e foram agarrados por trás pelos seguranças. "Sei que fizemos errado, mas eles podiam conversar primeiro", diz o vidraceiro Marcelo Pereira Conceição, 23. "Quando percebi que eles estavam apanhando, fui perguntar o que estava acontecendo e entrei na confusão", afirma Alessandro Fernandes Soares, 27.

A reportagem tentou falar com o responsável pela casa, mas não obteve retorno. O sub-gerente do estabelecimento, que se identificou como Abraão, afirmou que não poderia esclarecer o que tinha acontecido, já que não estava no local no sábado. Com relação à briga de domingo, Abraão nega que tenha acontecido qualquer incidente na casa.




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