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Palestinos são mortos na Faixa de Gaza
Das Agências
11/08/2002 | 13:58
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Um palestino foi assassinado neste domingo na Faixa de Gaza e uma mulher morreu este sábado, na Cisjordânia, enquanto uma delegação palestina discutia, em Washington (EUA), com o chefe da CIA, George Tenet.

O palestino morreu perto da colônia de Dougit, no norte da Faixa de Gaza, em meio a troca de tiros com soldados israelenses, segundo fontes da segurança palestina.

O homem, de identidade ainda não revelada e que estava usando uniforme militar israelense, abriu fogo com um fuzil M-16 contra um grupo de israelenses, e feriu levemente um deles, segundo fontes militares israelenses. Uma carga explosiva foi encontrada perto do corpo deste palestino, indicou a mesma fonte.

Também no sábado à noite, uma israelense, cuja identidade não foi divulgada, morreu em seu veículo perto de sua casa, na colônia de Mekhora, 15 km a sudeste de Nablus (Cisjordânia), pelos disparos de um palestino infiltrado no local.

Este logo foi abatido por soldados israelenses, depois de ter ferido gravemente outras duas pessoas.

Nenhuma organização palestina assumiu a autoria do atentado, mas Israel classificou o fato como "resultado de uma direção (palestina) irresponsável".

Algumas horas mais tarde, um palestino, Ahmad Kreni, 54 anos, morreu em Nablus quando um israelense disparou contra o carro no qual circulava.

Segundo a rádio pública israelense, outro palestino foi ferido neste domingo em Abu Dis, ao Norte de Jerusalém, quando soldados israelenses abriram fogo depois de terem-no intimado a parar e submeter-se ao controle, já que ele transportava algo suspeito no bolso.

Enquanto isso, no plano diplomático, o chefe da CIA, George Tenet, conversou durante 90 minutos com o ministro do Interior palestino, Abdelrazek Al Yahya, para discutir as formas de reduzir a violência no Oriente Médio, na sede da instituição em Langley (Virginia), segundo um funcionário norte-americano.

A conversa "foi a útil" e tratou da segurança na Cisjordânia e na Faixa de Gaza para reduzir a tensão na região, acrescentou.

Estes contatos entre palestinos e norte-americanos são os mais importantes depois do discurso, em 24 de junho, do presidente George Bush sobre a necessidade de substituir o líder palestino Yasser Arafat e realizar eleições para uma nova direção palestina.

O presidente da Comissão de Relações Exterior e da Defesa do parlamento israelense, Haim Ramon, reuniu-se neste domingo, no Cairo, com o chefe da diplomacia egípcia, Ahmed Maher, com o chefe de investigações, Omar Suleiman, e com o conselheiro do presidente Hosni Mubarak, Ossama el Baz.

Arafat indicou ter aceito que seus serviços de segurança sejam reformados sob a supervisão egípcia, jordaniana e americana.

Por sua parte, o ministro israelense da Defesa, Binyamin Ben Eliezer, propôs aos palestinos um plano no qual as tropas israelenses se retirariam progressivamente das posições recuperadas desde o início da Intifada, no final de setembro de 2000, na Faixa de Gaza, sob a condição de que a Autoridade Palestina se encarregue de conter os ataques antiisraelenses a partir destas posições.




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