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Do Diário do Grande ABC
O consumidor brasileiro deve gastar menos no Natal deste ano. É o que revela pesquisa realizada pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), entre mil pessoas, em cerca de 70 cidades de nove regiões metropolitanas de todo o país.
A queda nos gastos totais com as festas natalinas em 2006 é de 15%, em comparação com o ano passado. Feito pela Ipsos, empresa especializada em pesquisas de mercado e tendências de consumo, o estudo mostra que os entrevistados declararam em 2005 que gastariam, em média, R$ 318 com as festas de fim de ano – valor que foi reduzido para R$ 269,68 este ano.
Embora aconteça em todas as camadas sociais, essa diminuição afeta mais os consumidores das classes A/B, cuja previsão de gastos foi de R$ 708,34 em 2005 e de R$ 577,97 este ano (com queda de 18,4%) e C, com redução de despesas de R$ 342 para R$ 251 (diminuição de 26,6%). As classes menos afetadas foram a D e E, com decréscimo de 18,6% (R$ 179,39 em 2005 para R$ 145,97 este ano).
Entre as cinco regiões do país, apenas no Sul os gastos com o Natal devem aumentar, de R$ 213,81 em 2005 para R$ 315,08 este ano – crescimento de 47,3%. A maior queda foi registrada no Nordeste, de R$ 443,75 para R$ 241,17% (45,6% menor), seguido pelo Norte, de R$ 336,80 para R$ 188 (-44,1%). No Sudeste, os valores dos gastos sofrem pouca variação, de R$ 317,41 para R$ 312,48 (-1,5%).
A quantidade de presentes também cai, da média de 3,3 unidades, em 2005, para três este ano. Os consumidores das classes A e B são os que mais devem reduzir esse volume, de 5,8 presentes para 4,1 (-29,3%), seguidos pelos da classe C (-16,6%).
Na contramão dessa tendência, os entrevistados das classes D e E declararam que vão aumentar a cesta de presentes, de 2,2 em 2005 para 2,4 este ano (9%).
PROJEÇÕESO desânimo natalino das classes A e B se reflete também nos valores médios dos gastos somente com presentes – queda de R$ 247,34 no ano passado para R$ 167,48 neste ano (-32,2%).
Os consumidores das demais classes revelaram que desejam gastar mais com presentes: na classe C, os valores médios devem passar de R$ 108,54 para R$ 116,87; e os da D e E saltam de R$ 53,06 para R$ 68,50 (aumento de 29%).
O estudo da Ciesp demonstra que o poder de compra das classes D e E, principalmente, vem crescendo e alimentando o mercado de produtos com preços menores. E abre enormes possibilidades para os industriais que utilizam mão-de-obra intensiva.
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