Setecidades Titulo 58 anos separados
Alegria marca reencontro de irmãos que não se viam há 58 anos

José e Geraldo Pereira Máximo perderam o contato após a morte da mãe, em Minas

Por Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
07/04/2014 | 07:00
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André Iseki/DGABC


“Entra, pode entrar. O meu irmão está aqui.” Foi com essa frase e um sorriso no rosto que o aposentado José Pereira Máximo, 68 anos, recebeu a equipe do Diário na sexta-feira, em sua casa no Parque Neide, em São Bernardo. Ao seu lado, o irmão Geraldo Pereira Máximo, 74, que chegou na quinta-feira de Cianorte, no Paraná, acompanhado do genro Éderson Dias de Souza, da filha Erenice e do neto Davi Luiz, auxiliados por uma emissora de TV. Os irmãos não se viam há 58 anos, desde que se separaram ainda em Malacacheta, cidade do norte mineiro, após a morte da mãe.

Eles se reencontraram graças à coragem de Souza, que, após descobrir que seo José tinha domicílio eleitoral em São Bernardo, veio sozinho procurar pelo tio da esposa. “É uma alegria muito grande vê-los assim, juntos de novo. Antes eles viviam uma distância que não tinha fim, porque não sabiam onde o outro estava. Agora, a distância é só da viagem.”

Feliz, seo José conta que passou a madrugada de quinta para sexta-feira conversando com o irmão até as 2h. “Às vezes não consigo nem falar de tão emocionado que fico. Em outras, quero contar várias histórias, lembrar de tudo”, diz.

Seo Geraldo afirma que o reencontro proporciona um laço reatado. “Agora não tem mais como perder contato. Sabemos onde o outro está, é só se programar para a viagem.”

Esposa de seo José, Isabel Francisca Rodrigues Pereira, 67, afirmou que a história toda é surpreendente. “Não imaginávamos que conseguiríamos encontrar o irmão do José. Era muito difícil, mas aconteceu, e estou muito feliz.”

Erenice lembra que o pai sempre falava do tio, mas eram momentos de tristeza na família, pois ele não sabia onde seo José estava. Ela tentou por muito tempo encontrá-lo, até que o marido teve a ideia de buscar no cartório eleitoral de Cianorte e conseguiu descobrir que ele morava em São Bernardo. “Se não fosse isso, e as pessoas certas, não poderíamos ter essa felicidade toda.”

Ao desembarcar na rodoviária de São Bernardo, na quinta-feira que antecedeu o Carnaval, em março, Souza passou por vários serviços públicos até chegar à Sedesc (Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania). Lá encontrou o atendente social Nilson Pereira de Barros, 46, que localizou seo José no Parque Neide.

Seo José agora está ansioso para conhecer a nora e os outros seis sobrinhos que ficaram em Cianorte. “A família é grande. Vamos planejar para poder ir até lá.”

A estante da sala de estar, já repleta de imagens da família, aguarda agora novas fotos.




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