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Israel teme atentados e entra em estado de alerta
Por Do Diário do Grande ABC
03/11/2000 | 10:46
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Israel entrou em estado de alerta máximo nesta sexta-feira, temendo atentados no dia em que será testado o Acordo de Gaza para deter a violência. Foi anunciado nesta quinta aos palestinos um prazo suplementar de 24 horas para colocá-lo em prática.

Em Jerusalém, a polícia israelense mobilizou importantes meios para enfrentar qualquer eventualidade durante a tradicional oraçao muçulmana desta sexta.

Somente os palestinos de mais de 45 anos estao autorizados a entrar na Esplanada das Mesquitas (Monte do Templo para os judeus), na Cidade Velha de Jerusalém.

A Polícia e o Exército também estao em estado de alerta máximo depois da explosao, nesta quinta-feira, de um carro-bomba que matou dois israeleneses no Centro de Jerusalém Oeste. A filha do dirigente do Partido Nacional Religioso, um partido de direita que representa os colonos, morreu no atentado.

As medidas de segurança foram reforçadas na entrada dos mercados, nos locais próximos dos centros comerciais, nas principais estaçoes de ônibus e em outros lugares públicos.

Apesar do Acordo de Gaza, destinado a pôr fim à violência, na noite desta quinta houve tiroteios na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, mas nao há registros de feridos.

Os disparos tiveram como alvo as bases do Exército, que reagiu. Na área próxima de Nablus (Norte da Cisjordânia), os tanques israelenses responderam aos disparos atirando obuses contra os atacantes, afirmou um porta-voz do Exército.

Tiros com armas automáticas também foram disparados contra as colônias da Faixa de Gaza, afirmaram fontes militares. A noite, Israel ordenou novamente o fechamento do aeroporto da Faixa de Gaza.

Durante os confrontos desta quinta, dois palestinos foram mortos. Com as duas vítimas israelenses do atentado com um carro-bomba, o número de mortos desde que começou a violência, no dia 28 de setembro, alcançou 174. A maioria das baixas continuam sendo árabes. O número de feridos já supera 4 mil.

Nesta quinta-feira à noite, Israel deu um prazo de 24 horas à Autoridade Palestina para que esta aplique o acordo mais rápido possível para pôr fim à violência.

O Acordo de Gaza foi firmado na noite desta quarta, na cidade com o mesmo nome, pelo palestino Yasser Arafat e pelo ministro israelense da Cooperaçao Regional, Shimon Peres.

O principal conselheiro do primeiro-ministro Ehud Barak, Danny Yatom, declarou na manha desta sexta que espera resultados mais eficazes das ordens dadas por Yasser Arafat para fazer diminuir a violência.




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