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Polícia de S.Bernardo prende seqüestradores
Rodolfo Stipp Martino
Do Diári do Grande ABC
24/07/2001 | 01:00
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  A Polícia Civil de São Bernardo levou oito horas para prender em flagrante três homens acusados de seqüestrar a mulher e a sogra do empresário C.M., 41 anos. Segundo a polícia, Julio de Souza Lima, 19, Valmir José de Oliveira, 20, e Émerson Ferreira dos Santos, 18, abordaram as vítimas às 7h45 e foram presos às 16h, em um hotel no centro de São Vicente, na Baixada Santista, com as duas reféns.

A mulher do empresário, D.M., 26, e a sogra, A.L., 61, chegavam com um Fiat Brava na lavanderia do empresário, no bairro Assunção, em São Bernardo, quando foram seqüestradas por três homens, dois deles armados. Eles levaram as duas mulheres para São Vicente e de lá entraram em contato com o empresário.

Os seqüestradores exigiram R$ 100 mil de resgate. “Eles diziam que eu teria de arrumar este dinheiro até terça, se não matariam minha mulher e minha sogra. Recebi mais de 15 ligações, mantive a calma, avisei a polícia e no final deu tudo certo”, disse o empresário.

O caso foi registrado no 3º Distrito Policial de São Bernardo e as investigações começaram logo em seguida. Porém o empresário continuava a negociar com os criminosos. “Eles queriam marcar um lugar para eu deixar o resgate. De R$ 100 mil, eles diminuíram para R$ 35 mil. Fui muito bem orientado pela polícia”, afirmou o empresário.

À tarde, a polícia localizou os seqüestradores e foi até São Vicente com dez homens. O delegado da Dise (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes), Gilmar de Camargo Bessa, afirmou que não houve resistência dos acusados. “Na hora em que um dos seqüestradores saiu com a mulher do empresário para fazer mais uma ligação telefônica, nós realizamos a primeira prisão. Depois subimos no hotel e encontramos lá os outros dois homens com a outra vítima”, afirmou Bessa.

Segundo o delegado da seccional de São Bernardo, Mário Jordão Toledo Leme, os três rapazes presos já eram acusados de um outro seqüestro no começo do mês. “O relógio que um deles estavam usando é de propriedade da primeira vítima. Tivemos sucesso nesta operação. A tendência é melhorarmos o nosso desempenho com novos equipamentos que vão chegar nas delegacias da cidade”, disse Leme.

Depois do episódio desta segunda, o empresário C.M. quer mudar a sua rotina. “Vou mudar o meu cotidiano para escapar da violência. Em três meses fomos assaltados três vezes. Em maio entraram na minha empresa, fizeram os funcionários deitarem no chão, e roubaram cerca de R$ 1 mil. Em junho, levaram a bolsa da minha esposa. No começo deste mês, me assaltaram quando saía de um banco em São Paulo. Hoje este seqüestro. Não dá mais”, disse.




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