Vice do prefeiturável de São Caetano foi acusado de estupro por 14 mulheres; ele nega
Prefeiturável do PSD em São Caetano na eleição deste ano, o ex-vereador Fabio Palacio anunciou afastamento do empresário Saul Klein (PSD), filho do fundador da Casas Bahia, Samuel Klein, do grupo político diante das acusações de estupro e aliciamento de mulheres que recaem sobre Saul, candidato a vice na chapa liderada por Palacio.
Em mensagem nas redes sociais, Palacio disse que Saul “afastou-se de todas as suas atividades esportivas, políticas e administrativas” e, assim, “ele está livre para seguir em sua defesa”. O político, que crê na realização de nova eleição diante do impasse jurídico com a candidatura do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB), avisou também que Saul não será seu parceiro de chapa em eventual novo pleito.
“Tudo tem de ser investigado e os culpados devem ser punidos com o rigor da lei. Da mesma forma que exigi justiça na apuração das fraudes eleitorais cometidas pelo prefeito Auricchio, com recursos ilícitos, também peço justiça na apuração desse caso que envolve o Saul, mesmo sendo com seus recursos particulares. Nesse caso a questão é moral. Só assim, à luz da Justiça, é que construiremos uma relação verdadeira, honesta e transparente”, discorreu.
Na semana passada, o jornal Folha de S.Paulo revelou que 14 mulheres denunciaram Saul por aliciamento e estupro. O caso é apurado pelo Ministério Público de São Paulo a partir de inquérito policial instalado na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Barueri – Saul mora em Alphaville, bairro de luxo no município.
O empresário, que foi um dos principais investidores do time de futebol do São Caetano, está com o passaporte retido e impedido de contatar as 14 denunciantes. A defesa de Saul diz que ele é vítima de “elaborado esquema de extorsão”. A Casas Bahia alega que, desde 2009, Saul não dispõe de participação da empresa fundada em São Caetano.
Durante a eleição deste ano, Saul Klein era apresentado por Palacio como figura fiadora de processo de moralização dentro de um eventual governo. “Ele me disse: ‘Nunca fui político, sempre tive todas as restrições a entrar na política, mas vou entrar do seu lado e você não vai dar uma vírgula de motivo para eu me envergonhar e desistir. Porque não desisto, eu derrubo. Ou faz direito ou estou fora’. Eu consenti com ele”, disse Palacio, ao Diário, em setembro.
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